28 MAR 2024 | ATUALIZADO 11:37
NACIONAL
Hermes Castro
06/04/2015 14:22
Atualizado
12/12/2018 09:41

Transposição do São Francisco será debatida em audiência

A comissão externa da Câmara que trata da transposição do Rio São Francisco, se reunirá para apresentação do plano de integração de bacias e o estágio em que se encontram as obras nos referidos estados
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A comissão externa da Câmara dos Deputados que trata dos procedimentos referentes às obras do projeto de transposição do Rio São Francisco, se reunirá amanhã, 07, às 14h30, em reunião ordinária para apresentação do plano de integração de bacias e o estágio em que se encontram os eixos da obra de Transposição nos referidos estados.

Esse audiência pública contará com a participação da Sra. Maria de Fátima Chagas Dias Coelho, Diretora Geral do IGAM (Instituto Mineiro de Gestão de Água), representando a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais - SEMAD e do Sr. Edison Ribeiro, Superintendente de Políticas Ambientais, representando a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia.

Uma das principais divergências entre os membros da Comissão trata sobre a vazão de água no São Francisco. Segundo o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), uma vazão de 26,4 metros cúbicos por segundo, que é o volume de água que poderá ser retirado dos futuros canais da transposição, precisa ser revista, pois não contempla vários projetos econômicos para o Nordeste, como o Complexo Industrial e Portuário de Pecém, no Ceará.

"Essa vazão é para consumo humano, então, ninguém pode criar a expectativa de que a transposição de água do rio São Francisco vai fazer com que todos esses polos que estão sendo desenvolvidos para o agronegócio e as indústrias vão ser abastecidos por essa água”, ressaltou o parlamentar.

Esta avaliação, no entanto, foi contestada pelo deputado Odorico Monteiro (PT-CE): "Acho importante a gente se deter às questões da revitalização e da gestão do rio, que a gente está discutindo aqui. A gente ainda não têm, na comissão, os elementos necessários para chegar a essas conclusões”.

De acordo com o deputado, “essa obra vai se integrar com as obras que já estão sendo feitas nos estados. No caso do Ceará, por exemplo, ela estará integrada com o Cinturão das Águas, o que vai permitir irrigação, piscicultura, que já estão acontecendo hoje e vai aumentar mais a segurança hídrica".

A entrega do primeiro conjunto de canais, inicialmente prevista para 2010, ficou para setembro de 2016. Também ainda há indefinição quanto à futura gestão do sistema: via consórcio de companhias, como a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf); por meio de parceria público-privada (PPP); ou por órgão público específico.

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