O município de Mossoró, que tem 280 mil habitantes, possui atualmente 11 divisões de Polícia Civil, distribuídas em sete prédios, sendo a maioria deles construída no início da década de 1980.
O Jornal MOSSORÓ HOJE visitou todas as delegacias da cidade. Os policiais relataram que os prédios não têm muros, garagens e as portas são fracas, representando um risco iminente de invasão. Em alguns casos, os agentes levam armas e coletes dentro dos carros da polícia para suas residências, por segurança.
Na Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR), no local que deveria funcionar uma recepção existem dezenas de carcaças de motos. A unidade, que funciona num prédio que já foi usado como creche escolar no passado, também não tem uma garagem segura. Assim como nas demais delegacias, o setor que requer maior preocupação dos policiais é o cartório.
O agente Andrade, da DEFUR, com mais de 30 anos de Polícia Civil, disse que os governos foram passando e nenhum se preocupou em construir novas unidades, com os departamentos que precisam para funcionar como delegacia. “Quando eu cheguei aqui, já era assim, e olha que eu cheguei em 86”, revela.
No prédio da 1ª Delegacia de Polícia, no Alto de São Manoel funcionam duas delegacias: Defraudações e a 1ª Distrital. Os delegados e escrivães dividem pequenas salas, algumas pintadas e refrigeradas com recursos dos próprios dos delegados. Atrás do mesmo prédio funciona a unidade de Plantão da Polícia Civil.
A Delegacia da Mulher é a única que tem estrutura física adequada de funcionamento. Foi projetada e construída há pouco tempo e funciona perto da Escola Estadual Abel Coelho Freire. A Delegacia de Homicídios e a 2ª Delegacia Regional funcionam em um prédio da Procuradoria Geral do Estado (PGE) no Centro da cidade.
Neste caso, o prédio tem espaço de sobra. O que deixa a desejar é a acessibilidade, devido à localização central e o grande número de escadas de acesso ao segundo e terceiro pisos.
Segundo o diretor administrativo da Delegacia Geral da Polícia Civil do RN, Gustavo Santana, não há, por enquanto, projetos para construção de novas delegacias na cidade. Ele citou que, recentemente, houve reforma e reestruturação da Delegacia de Furtos e Roubos e que a Delegacia de Homicídios foi realocada para um prédio com boa estrutura. Questionado sobre a unidade do Alto de São Manoel, que abriga três delegacias, Gustavo respondeu.
“Há perspectiva de reforma da unidade e distribuição de uma das delegacias para o prédio cedido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), no Centro, mas não há previsão de quando este projeto será colocado em prática”, concluiu.
(Foto: Josemário Alves/MH)