24 ABR 2024 | ATUALIZADO 00:04
NACIONAL
Hermes Castro
07/04/2015 13:06
Atualizado
13/12/2018 00:22

Policiais e manifestantes da CUT entram confronto em Brasília

CUT, MST e UNE fazem atos contra terceirização em 11 estados e no DF Manifestantes também defendem a Petrobras e a reforma política. Atos criticam ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff
Internet

Manifestantes da CUT entram em confronto com policiais militares e da Polícia Legislativa em frente ao Congresso Nacional. O tumulto começou quando eles tentaram se aproximar da Chapelaria, uma das entradas da sede do Parlamento.

Os policiais fizeram um bloqueio e houve o confronto. Os manifestantes jogaram pedaços de madeiras e cones de sinalização. Os militares reagiram com spray de pimenta e cassetetes. Um manifestante ficou ferido e outro foi detido.

Neste momento, os manifestantes permanecem em frente ao Congresso e os policiais militares fazem uma barreira para impedir que eles entrem na Casa Legislativa. As lideranças sindicais que estão no alto de um carro de som pedem tranquilidade e que evitem o confronto com os policiais.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros grupos, realizam nesta terça-feira (7) atos em todo o país contra o projeto de lei que regulamenta os contratos de terceirização no mercado de trabalho.

Até as 16h, havia registro de protestos em 11 estados e no Distrito Federal.

Ao ser indagado por jornalistas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não vai retirar da pauta da casa o Projeto de Lei (PL) 4.330, que regulamenta a atividade de terceirização, mas admitiu que a votação pode não ocorrer mais hoje (7). Ele deu a entender que a pressão das centrais sindicais e mobilizações de trabalhadores em todo o país podem interferir no ânimo dos deputados e fazer com que a votação da Medida Provisória (MP) 660, que se encontra em rito de urgência, sofra atraso.

"Se não for hoje, PL será votado de todo jeito esta semana", afirma Cunha. O Presidente da Câmara está irredutível e disse que pedidos para revisão do texto feitos por ministros são ‘negociáveis’, com exceção da terceirização na atividade-fim.

O relator do Projeto de Lei (PL) 4.330, deputado Arthur Maia (SD-BA), está neste momento numa reunião fechada com o presidente da Câmara dos Deputados. Maia e Cunha foram chamados ao Palácio do Planalto no início da manhã para uma reunião com os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Pepe Vargas (Relações Institucionais), que pediram a eles mudanças a serem feitas no texto, de forma a alterar regras referentes à contribuição previdenciária para os trabalhadores terceirizados. E assim que voltaram, reuniram-se no gabinete de Cunha para conversar a respeito.

A base aliada do governo, assim como os representantes da chamada bancada dos trabalhadores (50 deputados com suas bases eleitorais vinculadas a sindicatos e centrais sindicais) trabalhavam até o final da última semana com a possibilidade de a matéria vir a ser retirada de pauta.

Mas, diante da insistência de Eduardo Cunha em manter a votação, já tinham sido montadas outras estratégias, com o a apresentação de novas emendas ao texto – para a questão ser discutida voto a voto no plenário da Câmara –, assim como a apresentação de um substitutivo completo ao projeto e, por fim, a obstrução total à votação do PL. O assunto ficou de ser melhor discutido entre as lideranças partidárias da Câmara numa reunião programada para esta tarde.

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