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ESTADO
Da redação
01/04/2016 15:14
Atualizado
14/12/2018 10:07

Notificação de mortes por dengue no RN cresce 375% em relação a 2015

Até o dia 26 de março, foram notificados 57 óbitos. Durante o ano de 2015, foram 12 casos. Governo do Rio Grande do Norte chama atenção ainda para subnotificações de casos suspeitos
Reprodução/Internet

O Núcleo Estadual de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) divulgou nesta sexta-feira (1º), o boletim das arboviroses referente à semana epidemiológica número 12. De 1º de janeiro a 26 de março, foram notificados 57 óbitos por dengue no Rio Grande do Norte, número 375% superior ao contabilizado durante todo o ano de 2015.

“Quanto aos óbitos, o relatório mostra a ocorrência de grande número no estado, caracterizando uma situação preocupante para a vigilância epidemiológica uma vez que o óbito por dengue é, em sua maioria, evitável. No ano de 2015 foram notificados 12 óbitos e em 2016 são 57 óbitos, destes, um confirmado para dengue grave e dois descartados”, afirma a SESAP.

Ainda segundo o boletim, o RN notificou 27.525 casos suspeitos de dengue em 2016, representando uma incidência de 929,2/100.000 hab. Os dados indicam um aumento significativo no percentual de incidência comparando com o mesmo período de 2015, que era 276,8/100.000 hab.

“Até o momento, foram confirmados 6,1% dos casos notificados, representando 1.692 casos, sendo 1.658 para dengue, 29 como dengue com sinais de alarme e cinco como dengue grave”, acrescenta a Secretaria de Estado da Saúde Pública.

De acordo com o Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD), em 2016, 82 municípios do RN (49,1%) apresentam uma alta incidência acumulada de dengue, justamente aqueles que notificaram mais de 300 casos da doença por 100.000 habitantes.

Os números apontam ainda outros 33 municípios com média incidência, e 39 com baixa incidência, além de 13 que estão silenciosos, ou seja, não notificaram nenhum caso suspeito de dengue nesse período.

Segundo o relatório, isso aponta para uma subnotificação de casos suspeitos e indica necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a responsabilidade de notificarem todos os atendimentos que se enquadrarem na definição de caso suspeito para dengue definido pelo Ministério da Saúde. Ou seja:

“Toda pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo dengue ou que tenha a presença de Aedes Aegypti que apresente febre, usualmente entre 2 a 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantemas, mialgias, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias ou prova do laço positiva e leucopenia”, recomenda o relatório.

CHIKUNGUNYA

Em 2015 foram notificados 4.313 casos suspeitos de chikungunya, destes, nenhum caso foi confirmado. Já em 2016 foram notificados 1.765 casos.

ZIKA

Em 2015, até a semana epidemiológica12 foram notificados 311 casos suspeitos de Zika vírus, em 2016 no mesmo período foram notificados 1.237. Dos casos notificados, foram confirmados 73 em 2015 e 3 em 2016.

Os casos notificados em 2015 estão distribuídos em nove municípios e em 2016 no mesmo período, em 53 municípios, destes, Natal é responsável por 829 (67%) dos casos, seguido por Mossoró com 77 (6%) dos casos notificados. Natal, com 829, Ceará-Mirim, com 272, e Mossoró com 77, são os três municípios com maior incidência de zika.

Diante dessa situação, a SESAP continua intensificando as ações e estratégias de combate ao Aedes aegypti, vetor transmissor das doenças. Os aplicativos Observatório da Dengue, desenvolvido em parceria com a UFRN, e o Aedes na Mira estão colaborando para que a população denuncie focos do mosquito.

Na Sala de Situação, instalada no 7º andar da Sede da SESAP, uma equipe multidisciplinar recebe as denúncias e as encaminha para os municípios correspondentes, numa ação permanente de monitoramento.

Com informações da Assecom/SESAP

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