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POLÍCIA
Da redação
02/05/2016 07:01
Atualizado
14/12/2018 07:50

Vida de médico em Triunfo Potiguar custou R$ 35 mil

Revelação foi feita pelo Fantástico, da Rede Globo, exibida neste domingo (01). Reportagem destacou crimes de pistolagens ocorridos no interior do RN. Entre eles, está o caso do vereador Manoel Botinha
Reprodução

A vida do médico obstetra Leonardo Pereira de Macêdo, de 43 anos, ocorrida em setembro de 2015, custou R$ 35 mil. A revelação foi feita em reportagem sobre crimes de pistolagem ocorridas no interior do Rio Grande do Norte, exibida neste domingo (01).

O assassinato do vereador de Assu, Manoel Botinha, em abril de 2015, também está entre os crimes de pistolagem. Inclusive, a morte do vereador deu início às investigações que resultaram na operação Abril Despedaçado, deflagrada pela Polícia Civil de Assú em dezembro.

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De acordo com a reportagem, o preço da vida variava segundo a "importância" da vítima. No caso do médico, o preço foi R$ 35 mil, mas se fosse alguém menos conhecido, o preço baixava para R$ 2 mil. O preço podia chegar a R$ 40 mil.

Segundo a irmã do médico Leonardo, o irmão emprestou um valor e a pessoa não teve como pagar e decidiu matar ele.

Os crimes apontam para um gerenciador das mortes. Damião Firmino da Silva, de 58 anos, preso na operação Abril Despedaçado.

Damião tem um bar onde jogam baralho. Por isso, ficou conhecido como Comerciante da Morte. Segundo a Polícia, ele faz a medição entre o mandante do crime e o pistoleiro.

Testemunhas revelaram ao Fantástico como o preço da vida era negociada por Damião. "Damião definia o preço dos assassinatos. Se a vítima era rica, uma pessoa importante, o valor era mais alto, já se fosse por dívida de droga, por exemplo, o preço era menor", afirmou uma das testemunhas que não foi identificada.

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As mortes eram negociadas por telefone, pessoalmente e por WhatsApp. As vítimas geralmente são empresários, políticos e integrantes de quadrilhas rivais.

A investigação sobre os matadores de aluguel durou cerca de 10 meses. Brandão destacou que enquanto se simulava estar jogando baralho no bar a vida das vítimas era negociada. "Essas organizações são bastante complexas, com pessoas que fizeram da morte seu meio de vida", afirmou.

No caso da morte do médico, o responsável é Francisco Paulino da Silva Júnior, o "Fabinho 200", que também matou mais 15 pessoas, entre elas, o mototaxista Manoel Francisco da Silva, em Angicos. A morte do mototaxista custou R$ 5 mil.

O Ministério Público acredita que o crime foi encomenado por um casal de empresários que queria que a vítima saísse da casa onde moravam.

A reportagem destacou que as emboscadas eram planejadas para acontecer à noite em lugares escuros na zona rural de Assú. Um dos mortos é o técnico de som, Antônio Alves Sobrinho, de 25 anos. Antônio teria sido assassinado por vigança.

Questionado se já contratou um pistoleiro, Damião afirma que "nunca na vida". Por outro lado, ele confessou um crime de homicídio que a polícia desconhecia. Damião está preso.

Reportagem na íntegra:


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