19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
Retratos do Oeste
19/04/2015 08:20
Atualizado
13/12/2018 10:57

Prisão banalizada? Será?, pergunta o promotor de Justiça Italo Moreira Martins

Membro do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte não citou diretamente, mas claramente estava se referindo as operações do MPF e a PF que botaram na cadeia grandes empresários e politicos nos últimos dez ou doze anos

Por Italo Moreira Martins

Empresários, autoridades, políticos, detentores de dinheiro e poder investigados, processados e presos. Em um passado recente isso seria surreal, pois apenas os mais pobres tinham algum receio de punição neste país, os criminosos integrantes daqueles grupos viviam completamente à margem da lei, inatingíveis, inalcançáveis, "pintavam e bordavam" e não acontecia absolutamente nada.

A Justiça, chamada pejorativamente de "cega", e os órgãos de investigação de fato pareciam não enxergar os crimes dos mais privilegiados. Esta realidade vem mudando nos últimos anos, ainda muito lentamente, de forma tímida, mas vem mudando, e justamente quando isso vem ocorrendo surgem as críticas ao que seria a banalização e o excessivo número de prisões.

Não há banalização da prisão, esta continua sendo exceção, a grande maioria dos autores de crimes no Brasil, inclusive os mais graves, continua desfrutando integralmente de sua liberdade, entre os corruptos então, que reputo dos mais nocivos à sociedade, apenas uma quase inexpressiva parcela está atrás das grades.

A análise sobre eventual excesso de prisões no Brasil não pode ser feita apenas com base em números absolutos de detentos, e sim através do resultado da equação prática do crime/prisão do agente.

O que não podemos permitir neste país é a banalização da delinquência, independente da classe social do infrator; a prisão para alguns tipos de crime e de criminosos, seja de natureza cautelar (no decorrer do processo) ou em decorrência de uma condenação definitiva, é um mal necessário e não falta quem faça por onde merecê-la!

360 graus

O reporter das alturas foi semana passada a pequena cidade de Venha Ver, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte, quase divisa com os estados da Paraíba e Ceará, e, no retorno, ao invés de vir pela BR 405, optou por vir pela região serrana. Gosta mesmo das alturas. Ao passar pela pequena e muito agradável cidade de Francisco Dantas, o nosso repórter voador decidiu tomar um chá e gostou da receptividade. Daí decidiu registrar imagens do açude e da cidade. Confere!

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