30/01/2023 09:02
O acirramento dos ataques ideológicos contra ministros do Supremo Tribunal Federal obrigou a Corte a aumentar em mais de R$ 1,3 milhão ano passado o investimento em segurança para os magistrados – nas ruas, em casa e na sede do Poder Judiciário. Levantamento da Coluna aponta que o STF desembolsou em 2022 quase R$ 10 milhões (R$ 9.756.120,43) com segurança privada para proteger as dependências e seus ministros. As rubricas cobrem despesas com empresas de guarda-costas e vigilância patrimonial. Em 2021, esse gasto foi de R$ 8.446.181,54. Alguns ministros transitam com seis guarda-costas. Mas tanto investimento parece não surtir o efeito esperado dentro da própria sede. Tão vergonhoso quanto o vandalismo no STF foi o ataque moral à Corte engavetado pela administração em 2014: até hoje a Secretaria de Segurança e PF não descobriram quem instalou uma escuta ambiental debaixo da mesa do ministro Luís Roberto Barroso. Estava desativada, revelada por este repórter. Investigações entre portas apontam que o alvo era o inquilino anterior do gabinete, o relator do Mensalão do PT, Joaquim Barbosa. A escuta foi varrida para debaixo do tapete.
27/01/2023 09:21
Presidente interino dos Correios, egresso da gestão Bolsonaro, Heglehyschynton Valério Marçal criou uma aberração administrativa e surpreendeu a estatal: uma comissão de anistia para os funcionários que foram e ou estão alvos de processos administrativos na Corregedoria. Curiosamente, o período abordado é justamente o da gestão do ex-presidente da República, de 2018 a 2022. No site dos Correios, o texto no link da tal comissão, que prevê revisão dos processos, explica que “Nesse espaço serão acolhidas as manifestações dos empregados demitidos da Empresa”. Ainda de acordo com a comissão, o objetivo é analisar “relatos e documentos aqui registrados” para auxiliar a “definir o fluxo e as regras do processo de reavaliação das demissões efetuadas no referido período”. Numa canetada, como revelou a Coluna, Heglehyschynton exonerou um delegado federal chefe da Corregedoria que tinha mandato até 2025.
26/01/2023 08:26
Considerada uma das principais pastas do Governo, o Ministério de Minas e Energia do Governo Lula da Silva está prestes a completar um mês sem qualquer sinal de quem deve ser o futuro secretário-executivo, número 2 de Alexandre Silveira. Os principais cotados para assumir o cargo não agradam o presidente e devem ser vetados. Nem Bruno Eustáquio, nem André Pepitone, tampouco Efrain Cruz devem ficar com a vaga. Isso porque, depois do episódio envolvendo o ex-ministro Anderson Torres, Lula deixou claro que não quer em postos estratégicos ex-integrantes do Governo Bolsonaro. Apesar de contarem com perfil técnico – exigência do PT – os três têm em seu passado recente passagens por cargos de comando. A demora causa desconfiança no setor, desconforto entre os servidores do MME e desgaste na imagem do Governo Lula III. Sobra até para o ministro Silveira, com críticas à sua inabilidade para resolver a vaga.
25/01/2023 08:30
A energia solar no Brasil cresceu 84% em 2022. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a potência instalada passou de 13 gigawatts em janeiro do ano passado para 23,9 gigawatts neste mês de 2023. Tornou-se a segunda maior fonte da matriz energética do País, com 11,2% do mercado, atrás somente da hídrica (51,3%). Nos últimos 10 anos, a fonte solar atraiu mais de R$ 120,8 bilhões em investimentos, gerou mais de 705 mil empregos e arrecadou cerca de R$ 38 bilhões em impostos.
24/01/2023 08:24
O presidente interino dos Correios, Heglehyschynton Valério Marçal, derrubou cinco gerentes da Corregedoria da estatal numa canetada e esvaziou o órgão que tirou a empresa das páginas policiais nos últimos anos. Para além da surpresa, emendou com um desastre amoral: vai criar uma “comissão de anistia” para apoio a servidores reclararem de suposta perseguição em processos administrativos. Curiosamente ele foi citado internamente em apurações. Valério Marçal também exonerou um delegado federal que era chefe dos corregedores, que tinha mandato até 2025, e mudou regras de meritocracia para cargos de direção regional. Agora, esses cargos são de escolha da cúpula. Enquanto isso, o PT se digladia para emplacar uma nova diretoria para a estatal. O grupo ligado a Gleisi Hoffmann quer o ex-deputado sindicalista Vicentinho (PT-SP) como presidente. Outra ala do partido investe no nome de um advogado paulista.