07 SET 2024 | ATUALIZADO 13:58
POLÍCIA
Hermes Castro
28/05/2015 08:00
Atualizado
14/12/2018 08:04

Propina era dividida entre Marin, Ricardo Teixeira e Del Nero , afirma FBI

O Departamento de Justiça norte-americano diz que o esquema de propina começou em 1990 e, a partir de 2012, o valor era de R$ 2 milhões por ano, até 2022
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O Departamento de Justiça (DJ) norte-americano, na manhã desta quinta-feira (28), revelou novos dados referentes as investigações de pagamentos de propinas envolvendo membros da CBF. Segundo o DJ, o ex-presidente e atual vice-presidente da CBF, José Maria Marin, dividiu propinas recebidas pela exploração comercial da Copa do Brasil com Ricardo Teixeira (ex-presidente e antecessor de Marin) e Marco Polo Del Nero (atual presidente da CBF).

As investigações nos EUA dão conta que Marin, em reunião com José Hawilla, presidente da Traffic, sugeriu que a propina que vinha sendo paga ao antecessor (Ricardo Teixeira), deveria ser paga somente a ele e a Del Nero.

Ainda segundo o Departamento de Justiça, esse esquema existiria desde 1990, quando a Traffic assumiu o comando dos direitos comerciais das diversas competições esportivas organizadas pela CBF. Neste processo, com a intenção de resguardar, por questão de segurança, os nomes dos investigados são enumerados e chamados de "co-conspirador". Esse termo é usado nos textos do DJ para pessoas não acusadas formalmente ou para preservar a origem da informação.

Antes desta reunião, que teria acontecido em abril do ano passado, em Miami (EUA), a investigação aponta que Hawilla concordou em dividir a proprina entre Marin e os "co-conspiradores 11 e 12".

Segundo a Justiça americana, os tais co-conspiradores 11 e 12 são descritos como altos executivos da CBF, da Conmebol e da FIFA. Somente Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero se encaixam nesses perfis.

O Esquema
Em 1990, a propina começou a ser paga exclusivamente a Teixeira, que na acusação aparece como "co-conspirador 11". A partir de 2012, Marin e Del Nero assumem a presidência e vice-presidência da CBF e passam a exigir parte da propina.

A acusação afirma que, desde 2012, o valor da propina seria de R$ 2 milhões por ano até 2022, dividida entre os três cartolas. O custo do suborno seria arcado em partes iguais pela Traffic e a Klefer (empresa de marketing esportivo, identificada nas ivestigações como sendo a "empresa B", que pertence ao ex-presidente do Flamengo, Kleber Leite).

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