07 SET 2024 | ATUALIZADO 21:36
POLÍCIA
Do G1
11/06/2015 06:33
Atualizado
14/12/2018 04:21

PF prende onze pessoas em 3 estados por lavagem de dinheiro

Estimativa é a de que que R$ 3 bilhões foram lavados nos últimos 3 anos. Prisões ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Internet

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) uma operação contra evasão de divisas e lavagem de dinheiro entre Brasil e outros países. Onze suspeitos foram presos. A estimativa é que durante 3 anos foram lavados R$ 3 bilhões.

A operação Porto Victoria cumpriu seus mandados de prisão em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Há também dois mandados de condução coercitiva e 30 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Araras, Indaiatuba, Santa Bárbara do Oeste, no interior paulista, além de Curitiba (PR) e Resende (RJ). Cerca de 130 policiais federais estão envolvidos na operação.

O crime começou a ser investigado em 2014, após um pedido da ICE (Agência Norte-Americana de Imigração e Alfândega) para apurar o envolvimento de brasileiro em uma organização criminosa especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro em diversos países, como Reino Unido, Venezuela, Estados Unidos, Brasil e Hong Kong.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações revelaram que o grupo atuava de diversas maneiras. A evasão de divisas ocorre quando um país envia dinheiro para exterior sem declará-lo.

A organização criminosa promovia importações fictícias da Venezuela por empresas brasileiras, sem que o produto fosse comercializado. Além disso, os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5.000% para justificar a remessa dos valores.

Na sequência eram feitos empréstimos e importações simuladas para Hong Kong, de onde o dinheiro era encaminhado para outras contas ao redor do mundo.

Já no Brasil, eram feitas importações fictícias realizadas por empresas brasileiras. Essas operações contavam com a colaboração de operadores do sistema financeiro com bancos e corretoras de valores para o envio de dólares para o exterior, com aparência de legalidade.

Também foram detectadas transações por meio de um esquema conhecido como “dólar cabo”, que é modo de envio de dinheiro para o exterior que não passa pelas instituições financeiras. Esse envio é feito por doleiros.

Os detidos responderão pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e organização criminosa.

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