Integrantes dos partidos do centrão — DEM, PR, PP, PTB, PRB e SD — que apoiam a candidatura do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin , devem se reunir na próxima semana para analisar o resultado da eleição do próximo domingo e decidir que estratégias seguir no segundo turno. Em meio a traições públicas de filiados nesta reta final, integrantes do bloco de partidos acreditam que a união de legendas deve ser desfeita, caso o tucano não consiga chegar à próxima etapa da corrida ao Palácio do Planalto. Os caciques devem se dividir entre Jair Bolsonaro (PSL) eFernando Haddad (PT).
Organizada pelo presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, a conversa está inicialmente prevista para terça-feira. Se Alckmin naufragar no domingo, os caciques partidários avaliam liberar seus filiados para decidirem o voto no segundo turno. Com o tucano patinando nas pesquisas, os aliados reconhecem que parte dos filiados já começou a se definir entre votar em Bolsonaro ou Haddad.
Os dirigentes que pretendem apoiar o ex-capitão no segundo turno admitem que farão uma espécie de campanha silenciosa pelo ex-capitão do Exército, já que o discurso de Bolsonaro é todo construído na negação do atual sistema político. Daí o motivo de os caciques liberarem seus filiados.
— Vou com Geraldo até o fim. Mas o Bolsonaro tem condição de fazer as reformas. O populismo vai nos levar a um ambiente pior. Para o PSDB, o pior é ficar em cima do muro — disse o deputado Danilo Forte (PSDB-CE).
Dentro do bloco, ACM Neto é o mais fiel a Alckmin e vem tentando segurar uma debandada dos aliados já no primeiro turno. Para dirigentes do centrão, as traições dentro do próprio partido de Alckmin dificultam a tentativa de manter os partidos da coligação alinhados ao tucano.
Com informações da Agência O Globo