O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) nesta quinta-feira (19) por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Na denúncia, o procurador-geral deverá pedir a condenação dos parlamentares por supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Procuradoria, o deputado recebeu R$26 milhões em propina para favorecer empresas em contratos firmados pela BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras na área de combustível. O senador nega a denúncia.
O presidente da Câmara é acusado de ter usado requerimentos apresentados à Comissão de Fiscalização e Controle pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha, para pressionar pelo pagamento de propina.
Os requerimentos pediam ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério de Minas e Energia informações sobre o ex-consultor Júlio Camargo, intermediário no repasse da propina e que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público; sobre a Samsung, fornecedora dos navios-sonda; e sobre o grupo Mitsui, envolvido nas negociações de um dos contratos.
De acordo com investigações da PGR, foram feitas dezenas de operações financeiras para lavagem do dinheiro de propina supostamente entregue a Eduardo Cunha, entre as quais remessas de dinheiro para o exterior, entrega de dinheiro em espécie e transferências para uma igreja vinculada a Cunha.
Com informações do Folha