Terminou o julgamento dos acusados de planejarem e executarem o jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, no dia 18 de outubro de 2010, em Caicó.
Os dois foram condenados a 14 anos de prisão.
O julgamento, que começou às 8h desta segunda-feira (15) no Fórum Municipal de Natal, terminou às 18h30 desta terça-feira (16), com a condenação dos réus.
O Tribunal do Júri Popular foi presidido pela juíza Eliana Alves Marinho. Já o Ministério Público Estadual foi representando pelo promotor de Justiça Francisco Flávio.
A defesa de Gilson Neudo Soares do Amaral foi feita pelo defensor público Serjano Torquato e a de Lailson Lopes, o Gordo da Rodoviária, foi feita pelo advogado Anesiano Ramos.
No primeiro dia de julgamento, foram interrogados as testemunhas e os dois réus. As testemunhas reafirmaram o que já haviam falado na instrução do processo.
Entre as testemunhas, foram interrogados delegados e agentes que investigaram o caso. A delegada aposentada Sheyla Freitas prestou um depoimento forte pela condenação.
O réu Gilson Neudo jogou a culpa em Lailson Lopes. Por sua vez, Lailson Lopes responsabilizou Gilson Neudo. O promotor de Justiça pediu a condenação dos dois por homicídio qualificado.
Segundo o promotor de Justiça, F. Gomes estava sentado na calçada de casa e não tinha se quer uma baladeira para se defender do pistoleiro Dão, que chegou de surpresa e já atirando.
Os debates encerraram na noite desta terça-feira (16) com a juíza Eliana Marinho convocou o Conselho de Sentença a Sala Secreta, para decidir pela condenação ou não dos réus.
Diante do que foi posto, os dois réus foram condenados a 14 anos de prisão cada. Gilson Neudo não vai recorrer da sentença. Volta para o sistema prisional.
Já Lailson Lopes vai poder recorrer da sentença em liberdade. O advogado pediu que o júri seja anulado, pois ele considera que não existe provas para condena-lo.
Não sendo anulado, o advogado disse que vai pedir que o Tribunal de Justiça reduza a pena de Lailson Lopes, que mesmo tendo a sentença confirmada, dificilmente retornar a prisão.
O Consórcio do crime
Além de Gilson Neudo e Lailson Lopes, o “consórcio” formado para matar o jornalista, segundo os investigadores, contou com oficial da PM, um PM, um advogado e o pistoleiro.
O pistoleiro João Francisco dos Santos já foi julgado e condenado a 27 anos de prisão. Está cumprindo pena. O advogado Rivaldo Dantas de Farias será julgado no dia 16 de maio.
O tenente coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira e soldado Evandro Medeiros não foram pronunciados. MPRN aponta que não existem provas suficientes contra os dois.