08 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
POLÍCIA
CEZAR ALVES, DA REDAÇÃO
02/05/2019 18:00
Atualizado
02/05/2019 22:39

Vigilante que matou colega de trabalho por R$ 300,00 pega 21 anos de prisão

Acusado de assalto e também de tráfico de drogas que ajudou na contratação do matador Ruslan Marlon por R$ 300,00 também foi condenado; pegou 13 anos, seis meses e 20 dias de prisão; Ruslan, que puxou o gatilho, saiu impune
José Edilson, o Gordo (de preto), pegou 21 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por ter mando matar o vigilante , enquanto que Igor Bigulão foi condenado a 13 anos, 6 meses e 20 dias de prisão
FOTO CEZAR ALVES

O vigilante José Edilson Pereira da Silva, de 35 anos, pegou 21 anos, 09 meses e 10 dias de prisão por ter planejado e participado pessoalmente da execução do colega de trabalho Francisco Cabral Neto, de 52 anos, no dia 11 de abril de 2017, em Apodi.

O acusado de assaltos e tráfico Igor Vinícius de Lima Neres, o Bigulão, de 20 anos, pegou 13 anos 06 meses e 20 dias de prisão, por ter intermediado a contratação Ruslan Marlon Moreira Pinto, que na época tinha 17 anos, e aceitou R$ 300,00 pelo crime.

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No caso de Ruslan Marlon, a Justiça informou que ele já recebeu a punição e se encontra em casa. Inclusive, foi intimado para depor no julgamento, mas quando chegou no plenário, disse que não queria falar e saiu tranquilamente pela porta da frente.

O crime aconteceu no dia 11 de abril de 2017 quando a vítima Cabral Neto se dirigia do local de trabalho a sua residência. Os assassinos José Edilson e o menor Ruslan Marlon passaram a seguir ele a partir da frente do Fórum Municipal.

Ao chegar na residência da vítima, Ruslan Marlon desceu da moto de José Edilson, o contratante, e descarregou o revolver na vítima, que segundo seus familiares (mulher e filha), morreu agonizando no local na calçada perto de casa.

O julgamento dos acusados de matar o vigilante Cabral, do IFRN, de Apodi, aconteceu durante todo o dia desta quinta-feira, 2, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, para onde o processo foi desaforado da Comarca de Apodi.

O júri começou por volta das 9 horas da manhã, com o presidente dos trabalhos sorteando os sete membros do Conselho de Sentença para julgar o caso (seis homens e uma mulher). Em seguida foram interrogadas as testemunhas e os réus.

O promotor Italo Moreira Martins, com base no que foi apurado e contado em plenário pelas testemunhas e réus, destacou que o acusado José Edilson mandou matar Cabral Neto para ficar com o emprego dele no IFRN. No Júri, José Edilson deu outra desculpa.

Disse que estava sendo humilhado por Cabral Neto.

Os advogados dedicaram esforços para mostrar ao conselho de sentença que quem realmente havia matado o vigilante Cabral Neto, querido por todos na região de Apodi, havia sido Ruslan  Marlon. Pediram a absolvição de seus clientes réus.

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Ao final dos debates, já no final da tarde desta quinta-feira, 2, o Conselho de Sentença decidiu em sala secreta pela condenação dos réus, tendo votado sim também pelas qualificadoras propostas pelo promotor de Justiça Italo Moreira Martins.

Diante dos quesitos apontados pelos jurados, o juiz Vagnos Kelly aplicou a pena dos dois réus. José Edilson, o Gorgo, pegou 21 anos, 9 meses e 10 dias de cadeia, enquanto que o Igor Bigulão, que intermediou a contratação de Ruslan Marlon, por 300,00, pegou 13 anos, 06 meses e 20 dias de cadeia.

Os dois tiram a prisão preventiva decretada e voltaram para o Sistema Prisional para o início do cumprimento da pena. Quanto ao menor, esteve no julgamento, disse ao juiz e a promotor que não queria falar, e depois foi embora pela porta da frente.


Revolta

Os familiares, amigos e policiais assistam a cena do menor sentar no banco para prestar depoimento, negar resposta a Justiça e ao promotor e depois sair livre pela porta da frente com muita revolta e indignação. As irmãs e mulher da vítima tiveram que serem contidas pelos amigos.

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