O criminoso Eduardo Elizeu Gonçalves, o Pestinha, de 27 anos, restou condenado a 19 anos e 6 meses de prisão por ter matado, com sete tiros na cabeça, o adolescente André Lucas de Sousa, no dia 13 de setembro de 2017 na região da Ilha de Santa Luzia, em Mossoró/RN.
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Este crime deixou os moradores do bairro revoltados. Eles ligaram para os policiais informaram o nome do assassino e apontaram como os policiais poderiam comprovar o envolvimento do criminoso temido no bairro com a morte do adolescente André Lucas.
Quando prendeu o criminoso, o delegado Rafael Arraes, da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa disse que André Lucas foi assassinado de forma traiçoeira por engano. Afirmou também que o Pestinha já estava sendo apontado em outros 5 homicídios.
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Na ocasião da prisão, Pestinha do Pirrichil disse que não matou ninguém e que estava na casa de um parente no momento do assassinato. Entretanto, as testemunhas ouvidas durante a investigação não deixam dúvidas da participação da vítima no assassinato.
À caminho da UPA
A vítima André Lucas não mora no Pirrichil. Ele estava indo num carro emprestado levando o filho pequeno para uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento no Alto São Manoel. Passou no Pirrichil apenas para buscar uma irmã para lhe fazer companhia.
Quando chegou ao bairro para aguardar a irmã, André Lucas ficou sentado dentro do carro segurando filho bebê. Pestinha se aproximou e atirou a queima roupa. Depois o arrastou para fora do veículo e disparou mais 6 vezes na cabeça.
A criança, inclusive, ficou caída no chão, ao lado do corpo do pai, cena esta que deixou todos do bairro revoltado, levando-os a passar as informações necessárias para os policiais da DHPP identificar e prender o assassino Pestinha do Pirrichil.
A Pestinha do Pirrichil teria matado André Lucas por acreditar que ele fosse morador do Planalto 13 de Maio (Papoco) e que estivesse em sua vizinhança buscando informações ou até mesmo procurando inimigos para matar.
O Júri
O julgamento teve início por volta das 8h30 da manhã desta quarta-feira, dia 15. O juiz Eduardo Neri Negreiros abriu os trabalhos fazendo o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença.
Em seguida foi feito o interrogatório do réu Pestinha, que negou participação no crime. Disse que não conhecia a vítima e que estava em casa no horário que aconteceu a execução de André Lucas.
Entretanto, o promotor de Justiça Italo Moreira Martins mostrou, com base nas provas no processo, que Pestinha havia sido sim o executor de Andre Lucas, citando depoimentos de algumas testemunhas.
"Durante a instrução do processo, o promotor de Justiça assegurou que uma testemunha ocular procurou o cartório e registrou uma declaração de que não teria visto ninguém, diferente do que fez na polícia.
A defesa feita pelo advogado Otoniel Maia Junior trabalhou a tese de negativa de autoria. Apesar dos esforços, o Conselho de Sentença votou pela condenação do réu por homicídio qualificado, conforme proposto pelo promotor Italo Moreira.
Concluído os debates por volta de meio dia, juiz Eduardo Neri de Negreiros aplicou a sentença de 19 anos e 6 meses de prisão inicialmente em regime fechado.