Os servidores estaduais da saúde em greve realizaram na manhã desta quinta-feira (27), ato público em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, contra ofício protocolado pela direção da unidade solicitando informações sobre quem estar “batendo o ponto” e cumprindo sua carga horária.
De acordo com a direção, os servidores estariam permanecendo dentro do hospital e batendo o ponto eletrônico como se não estivesse em greve, o que estaria atrapalhando na elaboração da escala de serviços para manter o funcionamento do hospital.
Devido a medida, o Sindicato da categoria protestou, com cartazes e palavras de ordens na entrada do hospital, alegando que se tratava de perseguição aos servidores grevistas. Aproveitaram também para cobrar ações efetivas do Governo do Estado para solucionar o estado de greve.
“O governo diz que não tem dinheiro para a saúde, mas sabe pagar R$ 11,7 milhões à OAS, por mês, pelo Arena das Dunas. Esse mesmo governador, que diz que não tem dinheiro para aumentar o salário do trabalhador que está a cinco anos sem receber algum reajuste salarial, soube aumentar o seu salário em 100%”, destacaram os grevistas em frente ao hospital.
O governo estadual afirma que os gastos com a folha de pessoal estão acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A paralisação em todo o Rio Grande do Norte já dura 78 dias.
A categoria reivindica o envio de um Projeto de Lei que garanta o pagamento dos adicionais, além do atendimento às reivindicações, como o reajuste salarial de 27% e isonomia.