29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
ECONOMIA
28/07/2019 10:24
Atualizado
28/07/2019 10:36

Beto diz que abertura para sal chileno não prejudica salineiros do RN

Declaração do deputado federal provocou reação imediata dos salineiros, que afirmaram, através de Renato Fernandes, que só quem está autorizado a falar no nome deles são as entidades ligadas a categoria no RN e no Rio
Beto Rosado falou em video divulgado em suas redes sociais que Bolsonaro salvou a atividade salineira e que os políticos de esquerda estão com ciúmes

O deputado federal Beto Rosado, do PP, usou suas redes sociais para dizer que o decreto do governo Bolsonaro, abrindo o mercado brasileiro para o sal chileno, não prejudicou os salineiros do Rio Grande do Norte e afirmou que os "governos de esquerda" de estão com ciúmes.

Segundo ele, o vídeo é para desmistificar o que está sendo dito pelos "blogs de esquerda" e garante que a industrial salineira está funcionando em sua plenitude e que a suspensão da medida antidumping não prejudica a produção de sal no RN.

"Nós hoje temos condições e concorrer por igual", destaca o deputado, que repete que o sal está bem organizado no RN e finaliza dizendo que a indústria do sal vai se desenvolver cada vez mais. "Valeu, pessoal", finaliza o deputado Beto Rosado.

Vídeo do Beto Rosado

Após o vídeo, os salineiros, através de seu representante legal, Renato Fernandes, postaram um vídeo afirmando que somente as entidades representantes dos salineiros no RN e no RN estão autorizadas a falar em nome da categoria.

Vídeo de Renato Fernandes

Ao contrário do que informou o deputado Beto Rosado, os salineiros do Rio Grande do Norte enfrentam sérios problemas para se manter no mercado, sendo um deles a questão da invasão do sal chileno e outro a questão de estrutura de embarque de sal.

Segundo Renato Fernandes, o sal do RN precisa de uma atenção especial, pois funciona como vacina em massa para diversas doenças. Reconhece como conquista o decreto tornando o sal de interesse social e com preocupação o decreto isentando o sal do Chile no Brasil.

Na prática, o presidente Bolsonaro ao assinar o decreto tornando o sal potiguar de interesse social, deu uma mão, um primeiro passo, para o ciclo econômico do sal continuar no Brasil, porém, ao abrir o mercado brasileiro para o sal chileno, tirou com as duas o que deu com uma. 

Para o sal do Rio Grande do Norte concorrer de igual para igual com o sal chileno, é preciso muito mais do que o decreto de interesse social. É preciso principalmente proteção de mercado, condições de embarque (Porto Ilha enfrenta dificuldades), resolver as questões tributárias e etc.

Fernandes defende a tese de união dos salineiros e principalmente da classe política do Rio Grande do Norte, inclusive do próprio Beto Rosado, para buscar meios junto aos governos do Estado e Federal que possam garantir os atuais 15 mil empregos diretos e impostos na casa de 150 milhões/ano aos cofres públicos do Estado. Existe mercado e a meta é ampliar o desenvolvimento econômico através da indústria do sal.

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