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EDUCAÇÃO
31/07/2019 18:24
Atualizado
05/08/2019 09:48

Brasil possui mais de 22 mil universitários associados em Empresas Juniores

Gerenciadas por estudantes, empresas fomentam o empreendedorismo jovem. São 850 empresas abertas em 165 instituições de ensino superior espalhadas em todo país.
FOTO: REPRODUÇÃO

No Brasil, 22 mil estudantes universitários estão associados em empresas juniores (EJ) - associações sem fins lucrativos geridas por estudantes universitários voluntários –, segundo Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a Brasil Júnior. São 850 empresas abertas em 165 instituições de ensino superior espalhadas em todo país.

Com objetivo de prestar serviços, administrar projetos, apresentar ideias e realizar todos os procedimentos de uma empresa sênior, as EJs são formadas exclusivamente por estudantes de graduação e representantes de um ou mais cursos de uma instituição de ensino, oferecendo valores abaixo do mercado, revertendo todo o lucro para captação e fomento do próprio projeto. Os serviços oferecidos pelos estudantes associados gira, anualmente, 30 milhões de reais.

O movimento representa a cultura empreendedora jovem no Brasil e tem como propósito preparar os universitários, despertando e aperfeiçoando habilidades como liderança, trabalho em equipe e comunicação, promovendo assim, o crescimento pessoal e profissional através da vivência empresarial.

“A empresa ajuda no desenvolvimento da prática, atuando como qualquer empresa atuaria no mercado, o que dá vivência ao aluno e experiência ao lidar com pessoas fora do meio acadêmico e com o mundo pós faculdade. É quase como um teste drive da vida profissional”, afirma o estudante de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica Matheus Dumas, que trabalha no setor de marketing da Datum Jr., empresa desenvolvida no núcleo de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

De acordo com dados do “Censo e Identidade” realizado anualmente pela Brasil Júnior, 51,3% dos empresários juniores se reconhecem como gênero feminino e Administração e Engenharia de Produção são os cursos mais frequentes nas EJs. O censo ouviu 5105 estudantes de 811 cursos de graduações de diversas áreas.

Experiência de mercado ainda na faculdade

“Acho que deveria ser uma experiência obrigatória em todos os cursos de todas as instituições de ensino superior”, opina Ana Luiza Santiago, estudante de Publicidade e Propaganda e membro da Agência Experimental Galáxia, empresa júnior da Unijorge.

Por meio da vivência nas EJs, os estudantes podem conhecer o dia a dia da profissão que escolheram para a vida. Alguns acabam se sentido perdidos sobre qual área do curso querem seguir e é neste momento que eles podem colocar em prática tudo o que aprendem em sala de aula e descobrir as afinidades com determinado segmento do seu curso.

“O mercado, muitas vezes, não te aceita quando você não tem experiência e o aprendizado adquirido nas empresas juniores é um diferencial, além dos valores adquiridos por ser o primeiro contato profissional que a pessoa tem com uma dinâmica em grupo. Foi uma das melhores fases para mim. Não tinha nenhuma remuneração mas a experiência era o meu maior ganho. Eu faria tudo novamente”, conclui Ana Luiza.


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