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SAÚDE
09/01/2020 18:00
Atualizado
09/01/2020 18:01

"Cometi um grande erro, passei 3 anos e meio sem realizar o papanicolau”

O depoimento é de Jeane Pereira, que descobriu que estava com Câncer do Colo do Útero em 2013, quando tinha 37 anos. Ela conta que apesar do susto, conseguiu vencer a luta graças ao diagnóstico precoce. O mês de janeiro é voltado para o alerta sobre a importância da prevenção a doença.
FOTO: CEDIDA

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 16 mil novos casos deste tipo de câncer no Brasil.

"O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Por isso, é importante ficar atento e consultar um oncologista de forma periódica", destacou o cancerologista, Dr. Valdemir Ferreira.

Nos casos mais avançados, o câncer pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

A detecção precoce do câncer segue sendo a melhor estratégia para encontrar um tumor em uma fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.

"O exame preventivo do câncer do colo do útero é a principal estratégia para detectar lesões e fazer o diagnóstico precoce da doença", frisou, dr Valdemir.

Jeane Pereira, auxiliar de consultório odontológico, descobriu que estava com Câncer do Colo do Útero em 2013, quando tinha 37 anos. Ela conta que apesar do susto, conseguiu vencer a luta graças ao diagnóstico precoce.

"Cometi um grande erro, porque passei 3 anos e meio sem realizar o papanicolau. Mas, fui diagnosticada no estágio inicial. Dr. Valdemir me tranquilizou bastante e me passou a força necessária durante todo o tratamento", contou.

Jeane recebeu o diagnóstico de cura no ano de 2018. "O diagnóstico de cura é após 5 anos, quando o câncer finalmente não tem o perigo de voltar. Recebi todo o acompanhamento do oncologista durante este processo. Aconselho as mulheres a procurarem o médico de forma periódica”, falou.

TRATAMENTO

Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.

Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.


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