29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
NACIONAL
DA REDAÇÃO, COM INFORMAÇÕES DO EL PAÍS
18/03/2020 10:35
Atualizado
18/03/2020 10:41

Panelaço e pedido de impedimento fazem Bolsonaro pedir união contra coronavírus

Após minimizar diversas vezes a doença infecciosa e ficar fora de uma reunião de cúpula em Brasília com os demais poderes na segunda-feira (16), agora Bolsonaro diz que falará com a imprensa sobre o tema ao lado de ministros. Já nesta terça-feira (17) ele concedeu entrevista falando sobre o assunto. Na ocasião justificou que não quis minimizar a crise, mas que apenas pediu para que as pessoas não se apavorem.
FOTO: REPRODUÇÃO

Depois de minimizar diversas vezes a doença infecciosa e ficar fora de uma reunião de cúpula em Brasília com os demais poderes na segunda-feira (16), agora Bolsonaro diz que falará com a imprensa sobre o tema ao lado de ministros, nesta quarta-feira (18), e que se reunirá com os representantes do Judiciário e do Legislativo.

Já nesta terça-feira (17) ele concedeu entrevista falando sobre o assunto. Na ocasião justificou que não quis minimizar a crise, mas que apenas pediu para que as pessoas não se apavorem.

“Independente de comitê de crise todos os ministros, já há algum tempo, estão trabalhando para enfrentar esse problema. A minha mensagem é para que não se apavorem. Nós vamos ter que passar por essa onda, agora se o pânico chegar no meio da população, tudo fica pior. Nós estamos preocupados com a questão humanitária, de vida, mas também com a questão econômica”, disse o presidente.

A mudança na conduta do presidente acontece após o primeiro pedido de Impeachment ser protocolado na câmara dos deputados e de um protesto com panelaço realizado nesta terça-feira, em São Paulo e em outras cidades do país.

O primeiro pedido de impeachment de Jair Bolsonaro é de autoria do deputado do Distrito Federal, Leandro Grass (Rede-DF).

O documento aponta suposto crime de responsabilidade do presidente ao apoiar e convocar as manifestações contra o Congresso no dia 15 de março, em meio a uma pandemia de coronavírus, e ao afirmar que as eleições de 2018 foram foram fraudadas sem, no entanto, apresentar prova alguma, dentre outras acusações.

Veja mais:

Primeiro pedido de Impeachment contra Bolsonaro é protocolado


CORONAVÍRUS NO BRASIL

Após a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde desenha um cenário duro para os próximos meses nos país.

Apesar do comportamento errático do presidente com respeito à pandemia, o Governo Federal vai pedir ao Congresso o reconhecimento de estado de calamidade pública para poder gastar além do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e atender à situação emergencial.

O cenário que se desenha no país é grave. “Vamos passar 60 a 90 dias de muito estresse”, diz o ministro Luiz Henrique Mandetta, em um recado claro ao país nesta terça-feira.

A rápida escalada da doença tem esgotado sistemas de saúde sólidos em vários países. No Brasil, o Governo já vinha atuando para reforçar leitos de UTI, equipamentos e profissionais, gargalos crônicos do SUS, mas agora trabalha para atuar em cenários ainda mais drásticos.

Considera, por exemplo, ter de adaptar contêineres e escolas para funcionarem como unidades de saúde, caso o sistema que já atua no limite colapse. Os testes para diagnóstico também já começaram a ser relacionados, com prioridade para pacientes em estado grave. O Governo deve continuar medindo a disseminação do vírus pelo país por amostragem


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