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ESTADO
20/07/2020 16:53
Atualizado
20/07/2020 16:53

‘Se houver nova pressão na ocupação de leitos, as medidas mais restritivas vão voltar’

A declaração foi dada pelo vice-governador do Estado, Antenor Roberto, nesta segunda-feira, (20). Ele disse ainda afirmou que “o Rio Grande do Norte não é uma ilha livre desta doença” e que se a população continuar mantendo a conduta vista neste final de semana, pode haver retrocesso da reabertura gradual das atividades.
FOTO: SANDRO MENEZES

As aglomerações ocorridas em Natal e cidades litorâneas neste final de semana podem colocar em risco todo o trabalho de enfrentamento e superação da Covid-19 nos últimos quatro meses.

"O Rio Grande do Norte não é uma ilha livre desta doença. A Covid está longe da cura. A permanecer a conduta social que tivemos neste final de semana poderemos voltar a ter aumento de casos, como outros estados e países tiveram - o chamado efeito sanfona. A retomada gradual das atividades econômicas não é uma liberação geral. O Governo do Estado está vigilante e a governadora já disse que se houver nova pressão na ocupação de leitos críticos, as medidas mais restritivas vão voltar, porque nossa prioridade é salvar vidas".

A declaração foi dada pelo vice-governador do Estado, Antenor Roberto, nesta segunda-feira, (20), durante a entrevista coletiva para atualização dos dados da Covid-19.

O vice-governador externou a preocupação da administração estadual com a superlotação nas praias.

"Estamos tomados por indignação. Todo o esforço construído em sociedade para alcançarmos o platô da pandemia pode ser invalidado pelo comportamento social deste final de semana com as aglomerações. Nos impressiona a falta de empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. O que assistimos neste final de semana foi atitude de muito pouco compromisso com o próximo".

Antenor Roberto alertou para os dois principais agentes das aglomerações. "A juventude tem que entender que a Covid não escolhe idade e afeta mais ainda os idosos. Os jovens pouco apresentam sintomas da contaminação, mas podem estar contaminando seus pais, avós e tios. A conduta social de não respeitar protocolos e regras, de não usar máscara, merece repúdio e indignação", afirmou.

AÇÃO DOS MUNICÍPIOS É ESSENCIAL

Outro fator que contribuiu para as aglomerações foi a falta de fiscalização junto ao comércio, bares, restaurantes e atividades informais, pelas prefeituras.

"Onde estão as prefeituras que anteciparam decretos para reabertura do comércio, que foram à Justiça dizer que era delas a competência de jurisdição sobre a orla marítima, sobre o transporte coletivo e funcionamento e horário do comércio? Onde estão para fiscalizar as aglomerações nas praias? Onde estão estas prefeituras que assumiram o compromisso de fiscalizar o distanciamento e o isolamento social?", questionou Antenor.

O vice-governador ainda afirmou que "há ausência destes municípios. E não há que alegar pouco pessoal na vigilância sanitária ou ausência de guarda municipal, pois o Governo está aqui oferecendo ajuda e apoio para a fiscalização através do Pacto pela Vida", pontuou.

Antenor ainda alertou para a responsabilidade coletiva e social para com quem trabalha. "O pessoal da área médica está esgotado e também adoece. O pessoal da segurança que está nas ruas para proteger a sociedade, também adoece. Temos problemas para cumprir as escalas devido aos afastamentos por doença. Portanto, não há sentido nas aglomerações. Consumir alimentos e bebidas próximo a outras pessoas favorece a contaminação".


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