O deputado estadual Bernardo Amorim, de Almino Afonso-RN, observa que após a pandemia, não ficará só rastros de cinzas. Também terá um importante legado, recursos humanos capacitados para atuar em Unidade de Terapia Intensiva nos hospitais regionais do Estado.
Bernardo Amorim é também médico. Foi eleito deputado estadual na campanha passada. Começou sua trajetória no Legislativo Estadual cobrando do Governo a ampliação do SAMU, para os municípios do Oeste, com a justificativa de que aquela região está desassistida.
No início de 2020, segundo ano de mandato, surgiu a pandemia, obrigando a rever as prioridades. Segundo ele, teve a necessidade dos governos municipais, estaduais e Federal investir na ampliação dos leitos de UTI para atender infectologia.
No Rio Grande do Norte o Governo do Estado informa que foram instalados cerca de 500 leitos. Em Mossoró, foram 40 no Hospital São Luiz e 20 no Hospital Regional Tarcísio Maia. Também teve leitos instalados em Pau dos Ferros, Caicó e principal mente Natal.
O deputado é consciente de que estes leitos, que atualmente são financiados com recursos federais, através do SUS, e contrapartida dos Estados, não tem demanda para continuar. Mas precisam ser transformados em leitos de UTI geral, para atender a população da região.
Segundo Bernardo Amorim, sempre existiu deficiência na oferta de leitos de UTI, assim como havia de unidades do SAMU, nos municípios afastados dos centros urbanos de Mossoró e Natal. “Quando a pandemia acabar, teremos equipamentos e profissionais capacitados”, diz.
Sobre a estrutura física, o deputado diz que depende apenas dos recursos para construir, assim como para comprar equipamentos, mesmo aqueles mais caros, como respiradores. Mas, no que se refere a recursos humanos, este é difícil de conseguir.
Ele calcula que quando não for mais necessário os leitos de UTI covid19, estes profissionais poderão serem contratados pelo Estado para finalmente abri mais leitos de UTI geral. “No passado, tentamos abrir UTI geral e não conseguimos”, diz Bernardo Amorim.
Na opinião do deputado, este é um legado muito importante que será deixado pela Pandemia, em especial para os municípios do interior do Estado.