24 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
POLÍTICA
28/10/2020 23:38
Atualizado
29/10/2020 00:33

Pesquisa Difusora/Agora Sei revela cansaço do eleitor com Rosalba Ciarlini

Rejeição nas ruas acima de 33% vem do fato de que Rosalba Ciarlini (foto) deixou de preparar Mossoró para o pós Petrobras; Como senadora da república não trouxe novos Institutos Federais para Mossoró; Como governadora prometeu e não fez o Nogueirão e o Teatro Lauro Monte, tendo feito investimentos pifios na segurança, educação e saúde; Novamente prefeita, Rosalba prometeu. Reconstruir Mossoró e voltou a prometer empregos na Porcelanati, que até hoje não abriu. Estes fatores, associados a outros relacionados a corrupção, afastaram os eleitores mossoroenses de Rosalba ao longo do tempo. O mito imbatível não existe mais. Reportagem completa no MH.
Rejeição nas ruas acima de 33% vem do fato de que Rosalba Ciarlini (foto) deixou de preparar Mossoró para o pós Petrobras; Como senadora da república não trouxe novos Institutos Federais para Mossoró; Como governadora prometeu e não fez o Nogueirão e o Teatro Lauro Monte, tendo feito investimentos pifios na segurança, educação e saúde; Novamente prefeita, Rosalba prometeu. Reconstruir Mossoró e voltou a prometer empregos na Porcelanati, que até hoje não abriu. Estes fatores, associados a outros relacionados a corrupção, afastaram os eleitores mossoroenses de Rosalba ao longo do tempo. O mito imbatível não existe mais. Reportagem completa no MH.

A ascensão do candidato a prefeito de Mossoró pelo Solidariedade, deputado estadual Alysson Bezerra, em curto espaço de tempo, pode estar associado tanto ao “cansaço” do eleitor com sucessivas negligências administrativas, carga de promessas de campanhas anteriores, e esquecidas com o tempo, como com o modelo de gestão imposto por quem comanda os destinos do município há mais de 16 anos, sem um planejamento estratégico. 

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Rádio Difusora, encomendada ao Instituto Agorasei, mostra o empate entre Rosalba e Alysson. Mais do que isso: em comparação a pesquisa anterior do mesmo instituto e divulgada no dia 16 deste mês, mostra que Alysson, entre uma pesquisa e outra, subiu 6 pontos. É nítida a queda do mito de candidata imbatível atribuído a Rosalba.



Não poderia ser diferente diante do cenário que o eleitor acompanha, onde Rosalba Ciarlini Rosado conduziu os destinos de Mossoró em épocas de cofres cheios em três oportunidades, oxigenada principalmente pelo “suporte” generoso de royalties do petróleo. Nesta época em que a cidade teria que ter sido preparada, com investimentos planejados para quando a Petrobras recuasse com seus investimentos na região, a economia não seria afetada tão bruscamente.

Ao invés de preparar Mossoró para o futuro, Rosalba fez praças, sendo que em muitas delas com sua logomarca: uma rosa no piso. Construiu o Ginásio de Esportes, que de nada serve até hoje, exatamente por erros de projeto. Construiu um Teatro Municipal, que está descascando por dentro e por fora, perceptível que foi feito com material de péssima qualidade.

Se sendo prefeita de Mossoró por três mandatos consecutivos não foi suficiente, o povo lhe assegurou um mandato especial: senadora da república. O cenário não mudou. Mas estava ali o mito imbatível Rosalba Ciarlini, tendo o eleitor confiado o cargo de governadora do Rio Grande do Norte a ela no ano de 2010, para o exercício de 2011 a 2014.

Foram os últimos 4 anos de abundância de recursos (royalties da Petrobras) e mesmo assim, ao concluir o mandato, Rosalba deixou o Rio Grande do Norte com o pior nível de educação do País, a segurança um caos e a saúde na UTI. No ano de 2013, a Folha de São Paulo/UOL e a Tribuna do Norte destacaram pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, onde a gestão Rosalba Ciarlini aparecia com a pior avaliação do País.

Quebrou o Instituto de Previdência Estadual e atualmente está fazendo o mesmo com a Previ.

Folha: Governadora do RN é a pior avaliada do País

Tribuna do Norte: Rosalba tem pior avaliação entre governadores do Brasil

Como governadora, Rosalba Ciarlini teve a chance de ampliar o Hospital Regional Tarcísio Maia e também o Hospital Regional Rafael Fernandes (infectologia). Começou e não concluiu. Também poderia ter feitos delegacias e batalhões em Mossoró. Neste caso, nem começou. Inclusive instalou um batalhão num prédio alugado ilegalmente. Com recursos federais, fez os 17 km do Complexo Viário do Abolição faltando iluminação, drenagem e passarelas, o que ocasiona muitos acidentes com mortes em todo o trajeto.

Em 2012, na guerra das ruas para eleger a então aliada Cláudia Regina, Rosalba Ciarlini frustrou os desportistas e os movimentos culturais de Mossoró, quando os enganou respectivamente com maquetes do Estádio Manoel Leonardo Nogueira e do Teatro Lauro Monte Filho. O Nogueirão até hoje é motivo de queixa dos mossoroenses. Está interditado. O teatro Lauro Monte Filho foi reformado na gestão de Robinson Faria, que havia sido vice-governador da gestão dela e venceu a eleição para o governo se beneficiando principalmente do desgaste político de Rosalba Ciarlini em Mossoró.

Mesmo assim, ao retornar para Mossoró, o eleitor mossororoense se mostrando generoso, confiou a ela mais 4 anos de mandato na Prefeitura de Mossoró, mas, ao elegê-la, o eleitor deixou um recado claro: estava cansado dela. A vitória foi com 51,12% dos votos. Ela derrotou o empresário Tião Couto com uma diferença de pouco mais de 15 mil votos.

Se elegeu prometendo reconstruir Mossoró, que segundo ela, o então prefeito Francisco José Silveira Junior havia destruído no período de 2014 a 2016. Os seus primeiros atos foram parar as cirurgias eletivas por 11 meses, reduzir os atendimentos médicos, não fazer manutenção nas praças do centro da cidade por 14 meses. 

Parou também a construção de postos de saúde, creches, escolas e até a ponte de acesso ao Planalto 13 de Maio, o que gerou insatisfação do eleitor mais exigente e desconfiança do eleitor mais fiel. No final da gestão, Rosalba comprometeu os recursos do Fundo de Participação dos Municípios, fez um empréstimo na Caixa de 148 milhões, e retomou algumas obras.

Sem trabalho para mostrar, na campanha de governo em 2018, Rosalba repetiu promessas que não poderia cumprir, como empregar mais de uma centena na Porcelanati. A edição do MOSSORÓ HOJE de 25 de fevereiro de 2019 (ver AQUI ) mostrava que “cerca de 2.000 pessoas passaram o dia para entregar currículos para concorrer a uma das 134 vagas ofertadas pela empresa Porcellanati, em Mossoró. A fila começava na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na Rua Rui Barbosa, Alto da Conceição, e parava na Avenida Rio Branco, próximo a empresa Socel. Alguns candidatos ficaram na fila desde as primeiras horas do dia”. A empresa nunca reabriu suas portas.

Chegou 2020, a prefeita Rosalba Ciarlini se apresenta novamente para o eleitorado mossoroense. Diz em seus discursos que nos primeiros 4 anos foram para “organizar a casa” e nos próximos 4 anos vai fazer a gestão de sua vida. Só que o eleitor não demonstra mais confiança na antes imbatível Rosalba. Ao menos é o que ficou claro na pesquisa divulgada pela Rádio Difusora contratada do Instituto Agora Sei. Os números apontam empate entre Rosalba e Allyson, com uma diferença, Rosalba tem um alto índice de rejeição (35,8%) enquanto que seu opositor está entre os nomes com menor rejeição. 


Promessas desesperadas

Para convencer o eleitorado a voltar a votar nela, Rosalba Ciarlini está anunciando a instalação em Mossoró de uma loja do Grupo Havan, do empresário Luciano Hang, que veio até a terra de Santa Luzia para fazer o anúncio e nesta quarta-feira, 28, os engenheiros da HAVAN vieram buscar a liberação do terreno dado pela prefeitura para construir a loja

Rosalba também tem contabilizado como feito seu a reabertura da fábrica de beneficiamento de castanha Aficel, localizada nas proximidades do grande “elefante branco” Porcelanatti. Com todo o desgaste, Rosalba Ciarlini prometeu, durante a comemoração do seu aniversário segunda-feira, 26, uma grande festa de réveillon, com trio elétrico nas ruas de Mossoró.

Notas

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