“Quem tá nessa vida de crime só tem dois destinos: cadeia ou cemitério”. A frase, forte, foi dita por um pai que, apesar da dor de ter perdido o filho, já tinha consciência que isto poderia acontecer a qualquer momento.
Francisco Jefferson da Silva, conhecido por "Rei do Crime", de 19 anos, foi assassinado na noite desta terça-feira (29), em uma oficina mecânica do bairro Santo Antônio. Ao todo, 28 disparos foram realizados em sua direção. 10 o atingiram.
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À reportagem do MOSSORÓ HOJE, o pai de Jefferson contou que desde os 16 anos o filho vivia no mundo do crime. Disse que dava muito conselhos para que o jovem seguisse uma vida dentro da lei.
Conta que o filho trabalhava com ele, mas começou a se envolver com coisas ilícitas e deixou o trabalho de lado.
“Cheguei a dar muitos conselhos, a mãe dele também, ‘meu filho, isso não tem futuro’, mas ele não me ouvia, achava que a gente queria pegar no pé dele. Um dia ele pegou essa moto, colocou umas roupas na mochila e se mandou no mundo. Às vezes passava de 15 dias sem dar notícias”, disse o homem.
A polícia militar também contou que o "Rei do Crime" já era um velho conhecido deles. Que aos 16 anos ele começou a roubar carros. Vivia sendo preso, mas era solto poucos dias depois.
Tempos depois ele começou a vender drogas na região do Santo Antônio. Há cerca de 4 meses, já após atingir a maioridade, Jefferson voltou a ser preso, desta vez, por tráfico de drogas. “Não ficou nem dois meses preso”, contou o policial.
O delegado Paulo Nilo, responsável pela delegacia de plantão na noite desta terça-feira (29), confirmou que Jefferson já havia sido preso várias vezes por tráfico e roubo.
“Muito provavelmente foi morto por algum desafeto dele. Ele era envolvido com facção criminosa, então, muito provavelmente, seja briga de facção. Os procedimentos serão encaminhados para a DHM [Delegacia de Homicídios de Mossoró] para dar continuidade às investigações e, possivelmente, encontrar a autoria do crime”, explicou.