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POLÍCIA
25/01/2021 08:08
Atualizado
25/01/2021 13:10

Vítima de homicídio em Apodi não era andarilho e, sim, foragido de Justiça

Gildomar Cabeça foi assassinado no dia 10 de dezembro com um tiro em Apodi e seu corpo foi identificado no ITEP, em Mossoró, vários dias depois. Os autores do crime, apesar de serem pessoas bem relacionadas na cidade, estão com a prisão preventiva decretada, considerados foragidos da Justiça
Gildomar Cabeça foi assassinado no dia 10 de dezembro com um tiro em Apodi e seu corpo foi identificado no ITEP, em Mossoró, vários dias depois. Os autores do crime, apesar de serem pessoas bem relacionadas na cidade, estão com a prisão preventiva decretada, considerados foragidos da Justiça

No dia 10 de dezembro de 2020, aconteceu um assassinato na cidade de Apodi/RN. Na ocasião, o MOSSORO HOJE divulgou a informação repassada pela Polícia de que a vítima era um andarilho sem identificação e que a Polícia Civil estava investigando a autoria do crime.

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Seis dias depois, divulgamos outra informação da Polícia, já com os nomes dos autores do assassinato: George de Oliveira Nascimento, de 47 anos, e Erivaldo Loupo Fernandes, de 37 anos, mas que ainda não havia identificação oficial da vítima.  

O delegado Paulo Nilo iniciou a operação “Andarilho, para prender os dois suspeitos George de Oliveira e Erivaldo Fernandes, informando que estavam com as prisões decretados pela Justiça.

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  O corpo da vítima restou identificado no Instituto Técnico-científico de Perícia em Mossoró. Ao contrário do que foi informado pela polícia, não se tratava de um indefeso andarilho. Na realidade se tratava do foragido de Justiça Gildomar Barbosa Nogueira, de 48 anos. 

Procurados para falar a respeito do caso, os advogados de George e Erivaldo, Marcell Terceiro e Darwin Salles, contaram que, após o crime, tentaram apresentá-los, três vezes, e o delegado não os recebeu. “Eu tenho as certidões para provar que a Polícia não aceitou a apresentação espontânea”, diz.

“A história não é como foi contada e os dois não tiveram chances de esclarecer, tiveram logo a preventiva decretada”, lamenta o advogado Darwin Salles, acrescentando que George confessa o crime, inocente Erivaldo e diz que só atirou uma só vez para não ser morto.

O advogado acrescentou que fez pedidos a Justiça para revogar a prisão preventiva de George de Oliveira e, também, de Erivaldo Fernandes e a Justiça negou. “Mas vamos voltar ao Poder Judiciário mostrar a realidade dos fatos e novamente pedir habeas corpus”, diz.

Com o nome da vítima, foi possível descobrir facilmente por onde ele havia andado nos últimos 5 anos. Em 2016, por exemplo, Gildomar Barbosa Nogueira foi preso em Jucurutu. Na ocasião, ele estava brigando num bar e dizendo aos presentes que havia matado duas pessoas.

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Em Mossoró, Gildomar Cabeça, como é mais conhecido, deveria ficar preso na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, mas novamente fugiu, sendo capturado pela Polícia Militar nas imediações da antiga Fazenda São João. Pouco tempo depois, Cabeça fugiu de novo. 

Desta vez, Gildomar Cabeça teria ido se refugiar na cidade de Apodi, onde terminou morto com um tiro em frente a um posto de combustível localizado às margens da BR 405. Os autores do crime não tiveram a chance de explicar o que os motivou e apresentar suas testemunhas, apesar de serem pessoas conhecidas na cidade e de boa índole.

Sobre George de Oliveira, o MOSSORO HOJE foi informado em apodi que se trata de um proprietário de lojas e que trabalhava como gerente administrativo do Abatedouro Municipal, quando ocorreu o assassinato. Não se tem qualquer informação que desabone a conduta dele. Ele estaria sendo fortemente ameaçado por Gildomar Cabeça e por esta razão o matou.

O  MOSSORO HOJE continua apurando os fatos com o objetivo de esclarecer as reais condições que ocorreram este homicídio. Inclusive aberto para ouvir e publicar a versão do comerciante George de Oliveira e também de Erivaldo Fernandes, caso assim ele deseje, já que não conseguiram explicar na Policia e menos ainda apresentar as testemunhas que atestem suas declarações até agora. 

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