01 FEV 2025 | ATUALIZADO 23:28
POLÍCIA
COM INFORMAÇÕES DO G1
05/02/2021 15:46
Atualizado
05/02/2021 15:46

Menino mantido pelo pai acorrentado em barril recebe alta de hospital

A criança, de apenas 11 anos, foi resgatada por policiais militares, no sábado (30). Ela estava com as mãos e pés acorrentados dentro de um barril, debilitado e com sinais. O caso aconteceu no Jardim Itatiaia, em Campinas (SP). Após deixar o hospital, o menino foi encaminhado a um serviço de acolhimento na cidade. O nome da instituição está mantido sob sigilo para evitar a exposição dele.
FOTO: POLÍCIA MILITAR

A criança de 11 anos resgatada após sofrer tortura em uma casa no Jardim Itatiaia, em Campinas (SP), recebeu alta do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti na quarta-feira (3) e foi levada para um serviço de acolhimento na cidade.

O nome da instituição está mantido sob sigilo para evitar exposição do menino. O caso veio à tona na tarde de sábado, após ele ser encontrado por policiais militares com as mãos e pés acorrentados dentro de um barril, debilitado e com sinais de desnutrição.

Veja mais: Menino mantido acorrentado dentro de um tambor em SP

"A criança está bem clinicamente, e a Vara da Infância e Juventude já definiu para onde ela irá. Temos nos esforçado para passar as informações para a população, mas sempre preservando a criança", falou o prefeito, Dário Saadi (Republicanos), durante live.

No dia do resgate, o menino foi socorrido pelo Samu ao Hospital Ouro Verde, onde ficou até terça-feira, antes de ser transferido de unidade.

Ele está sob responsabilidade de uma tia paterna, uma vez que o pai dele está entre os três que tiveram as prisões preventivas decretadas por suspeita do crime.


MEDIDA EXCEPCIONAL

O juiz assessor da presidência do Tribunal de Justiça do estado (TJ-SP), Iberê de Castro Dias, explica que o acolhimento é uma medida excepcional prevista pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e o atendimento ocorre após determinação judicial.

Segundo ele, neste período há um estudo sobre a possibilidade da criança ficar sob a tutela da chamada "família extensa" - como os tios - nos casos em que não há oportunidade de ficar sob cuidados de pais ou responsáveis.

"Não basta somente boa vontade, é preciso verificar se estas pessoas têm condições psicológicas de receber a criança e de permitir que ela tenha o seu desenvolvimento", falou o magistrado da Vara da Infância e Juventude de Guarulhos (SP) sem entrar em particularidades do caso de Campinas.

De acordo com ele, o acolhimento deve ocorrer por até 18 meses, mas na maioria dos casos o tempo é inferior.

Por outro lado, caso a criança não tenha condições de ficar sob cuidados de outros parentes, nem tenha famílias interessadas em adoção na hipótese de destituição, ela pode ficar até os 18 anos.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário