Em meio a pandemia da Covid-19, com notícias ruins chegando a cada instante, a história das gêmeas Ana Vitória e Ana Catarina é um sopro de esperança, daquele tipo que deixa o coração quentinho.
“Guerreiras”. Esse é o adjetivo perfeito para descrever as duas meninas, que hoje estão com 3 meses de vida.
Elas nasceram no Hospital Maternidade Almeida Castro, no dia 16 de novembro de 2020, depois que a mãe sofreu um pré-infarto e teve que passar por um parto urgência.
Com apenas 24 semanas de gestão, as meninas nasceram pesando apenas 600g uma e a outra 640g. Consideradas como prematuras extremas, passaram 100 dias internadas na UTI Neonatal do HMAC e apenas no dia 23 de fevereiro de 2021, puderam finalmente ir para casa.
A mãe delas, Jorgeana Alves do Norte, não teve a mesma sorte. Após o parto, foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva, onde ficou internada por 15 dias até entrar em óbito. Jorgeana sequer chegou a conhecer as filhas.
Em casa, Ana Vitória e Ana Catarina receberam o carinho do pai, Francisco De Assis, conhecido como Dadá. Foi ele também que passou os 100 dias com as meninas no hospital, fazendo, inclusive, a técnica de canguru, que ajuda na recuperação de bebês prematuros.
Dadá contou à equipe do MOSSORÓ HOJE que ouviu, por diversas vezes, os médicos dizerem que a situação delas era delicada e que era um milagre as duas terem sobrevivido.
Dadá tem outros três filhos, dois meninos de 14 e 8 anos e uma menina de 12 anos. Agora terá que ajustar a rotina para enfrentar o desafio de cuidar de duas crianças prematuras.
Para isso, ele conta com a ajuda da irmã, Patrícia Jacinta, que fica com as gêmeas para ele ir trabalhar em um laja-jato de sua propriedade, de onde tira o sustento para manter os 5 filhos.
Os bebês prematuros extremos têm uma maior taxa de mortalidade e podem apresentar problemas na visão, dificuldades na alimentação e para respirar, além do risco alto de contrair infecções, pois seu sistema imune ainda é muito imaturo.
Devido a isto, o pai conta que as meninas precisam tomar uma média de cinco remédios, que ajudam a evitar doenças e que farão parte da rotina delas pelo próximos dois anos. O custo é alto, uma média de R$180 a cada 15 dias.
Além disso, sem a mãe para amamentá-las, Ana Vitória e Ana Catarina precisam tomar leite em fórmula infantil Nestogeno 1, cuja lata custa em torno de R$ 35.
Elas também farão acompanhamento mensal no HMAC, por dois anos, para que os médicos façam a avaliação da evolução de saúde das duas.
A família, que mora no bairro Ouro Negro, precisa de ajuda para arcar com os custo. Toda doação é bem vinda.
A tia, Patrícia Jacinta, que está cuidando das gêmeas, lembra que elas também precisam de fraldas descartáveis, pomada para assadura, lenços umedecidos e roupinhas de bebês.
Ao falar com a equipe do MOSSORÓ HOJE, Dadá disse que, antes de tudo, gostaria de pedir muitas orações para a família dele, para que as meninas cresçam fortes e saudáveis.
Sobre as doações ele explicou que, se for em dinheiro, podem ser feitas por meio da conta da irmã dele, Patrícia. Caso seja leite, fraldas, roupinhas etc, podem ser entregues na casa dele ou o doador pode dizer um local que ele vai pegar.
É possível entrar em contato com pai das meninas pelo telefone (84) 98861-2005 ou com Patrícia, pelo (84) 9914-18610.
Doações em dinheiro podem ser feitas pela conta abaixo:
Titular: Patrícia Jacinta viana
Banco Caixa
Agência - 0750
Op: 013
Conta: 00019134-5
Pix - 84991418610