O projeto “Cultivando a Cidadania” atingiu a marca de 15 mil mudas de caju produzidas no sistema prisional para serem doadas a agricultores que tiveram os cajueiros dizimados pele seca.
O projeto é realizado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), da Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE) e da Emater, com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP).
Novas sementes estão sendo plantadas no canteiro construído na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, para a próxima leva de 15 mil cajueiros.
Quinze internas trabalham nos canteiros de plantio das castanhas de caju, realizando também toda manutenção e enxerto das plantas.
As mudas sairão da penitenciária diretamente para as mãos de agricultores familiares que necessitam das políticas públicas. O projeto não tem fins lucrativos e as mudas serão distribuídas de forma gratuita em data a ser definida.
O secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio Filho, explica que as voluntárias estão sendo capacitadas pela Emater e, a cada três dias na lavoura, um será remido da pena.
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O Governo do Estado estima que com a seca prolongada mais de dez milhões de cajueiros foram dizimados no RN.
O diretor do estabelecimento prisional, policial penal Márcio Morais, explica que o trabalho no sistema prisional é fundamental para a ressocialização do indivíduo.
“Esse projeto visa a ressocialização de internas que cumprem pena no Complexo Penal Doutor Mário Negócio, assim como fortalecer a caju cultura do Rio Grande do Norte”, disse.
A VEP da Comarca de Mossoró, através da juíza Cinthia Cibele, contribuiu com recursos arrecadados de prestações pecuniárias para a construção da estufa com mil metros quadrados.
A estrutura foi construída utilizando mão de obra carcerária capacitada pela SEAP através de curso de pedreiro de alvenaria ministrado pelo SENAI.