20 SET 2024 | ATUALIZADO 22:22
POLÍTICA
Da redação
17/10/2015 09:34
Atualizado
14/12/2018 02:10

Começa a corrida pela sucessão de Cunha na Câmara após novas denúncias

Integrantes do governo, da oposição e até mesmo do PMDB iniciaram conversas reservadas em busca de um nome para ocupar o cargo.
Internet

O surgimento de novas denúncias contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reveladas pelo "Jornal Hoje", da Rede Globo, nessa sexta-feira (16), mostrando os documentos utilizados na abertura das contas bancárias na Suíça e atribuídas ao deputado peemedebista, fez líderes partidários deflagrarem uma corrida pela sucessão ao comando da Câmara dos Deputados.

Integrantes do governo, da oposição e até mesmo do PMDB iniciaram conversas reservadas em busca de um nome para ocupar o cargo. Apesar da movimentação, Cunha foi taxativo quando questionado se pretendia deixar a presidência: "Não renuncio. Não ganho nada com isso", disse ele a interlocutores.

Mesmo perdendo apoio público, deputados avaliam que Eduardo Cunha conservará uma base fiel e, por isso, terá influência na escolha de seu sucessor. Um correligionário lembra que o presidente da Câmara ajudou a financiar a campanha de inúmeros aliados pedindo dinheiro a empresários.

Colegas de partido apostam que Cunha será levado a adotar a chamada "solução Renan": abrir mão da Presidência da Câmara para conseguir salvar seu mandato de deputado. De certo é que Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder da bancada e hoje próximo ao Palácio do Planalto, não conta com o aval da bancada que ele próprio comanda.

Novas denúncias
As contas secretas na Suíça que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alega não existirem foram abertas com cópia do passaporte dele, assinatura e o endereço residencial do pemedebista, de acordo com cópia da documentação exibida no “Jornal Hoje”, da TV Globo, nesta sexta.

Nos formulários das quatro contas atribuídas constam como endereço a rua Heitor Doyle Maia, 98, na Barra da Tijuca, no Rio -endereço residencial do peemedebista e da mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz. Duas contas foram fechadas no ano passado, semanas após as primeiras prisões da Operação Lava-Jato.

De acordo com a TV Globo, um dos cuidados que o presidente da Câmara teve para manter as contas secretas foi direcionar toda a correspondência do banco Merryl Lynch, mais tarde absorvido pelo banco Julius Baer, para um endereço nos Estados Unidos sob alegação de que o serviço de correio no Brasil não era confiável.

Em um dos formulários mostrados pela TV Globo, Cunha justifica a abertura de uma das contas afirmando que pretende manter negócios na Suíça.

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