19 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:35
SAÚDE
26/06/2021 14:06
Atualizado
26/06/2021 14:33

[OPINIÃO] O cheio da morte, por Cezar Alves

Para Bolsonaro, é como não se existisse pandemia matando mais de duas mil pessoas por dia no Brasil, um dos maiores índices do mundo por 100 mil habitantes. Já são mais de meio milhão de pessoas mortas no Brasil e nem assim mereceu condolências do presidente.
Para Bolsonaro, é como não se existisse pandemia matando mais de duas mil pessoas por dia no Brasil, um dos maiores índices do mundo por 100 mil habitantes. Já são mais de meio milhão de pessoas mortas no Brasil e nem assim mereceu condolências do presidente.
Foto: Isac da EBC

O cheiro da morte


O presidente Jair Messias Bolsonaro não esconde de absolutamente ninguém que ele nega o potencial mortal do novo coronavirus. Durante a sua passagem pelo Rio Grande do Norte, ele reforçou esta tese com atos flagrados pelas câmeras de sua própria equipe.

Bolsonaro não usa máscara. Já deixou isto bem claro e inclusive se irritou com jornalista da filiada da Globo que perguntou o motivo. E sem máscara, aglomerou por onde passou: Mossoró, Jucurutu-RN, Pau dos Ferros-RN e também de surpresa, em Upanema-RN.

Em Jucurutu, uma menina de 10 anos, poeta, foi declamar para o presidente. A criança começou dizendo que era bolsonarista, o que arrancou um sorriso de Bolsonaro. Neste momento, o presidente pediu para a menina retirar a máscara que usava para evitar a propagação do novo coronavirus.

A menina obedeceu ao pedido do presidente.

Seguiu para Pau dos Ferros com sua comitiva. Depois que concluiu a solenidade, para assinar a recuperação de uma barragem e da transposição das águas do Rio São Francisco para o Rio Grande do Norte, Bolsonaro saiu cumprimentando os simpatizantes de seu governo.

Uma criança foi entregue (não aparece a imagem dos pais no vídeo) para o presidente tirar foto com ela. A criança estava com camiseta amarela e usando máscara. Neste caso, o presidente usou a mão que tocou em todos que o alcançaram para tirar a máscara da criança.

Para Bolsonaro, é como não se existisse pandemia matando mais de duas mil pessoas por dia no Brasil, um dos maiores índices do mundo por 100 mil habitantes. Já são mais de meio milhão de pessoas mortas no Brasil e nem assim mereceu condolências do presidente.

No Rio Grande do Norte, o presidente Bolsonaro se limitou a lançar duras críticas a imprensa, aos adversários políticos e voltou a dizer que em dois anos e meio de governo não tem qualquer acusação e corrupção em seu governo, o que não é verdade. Tem sim. Várias.

O presidente Bolsonaro também defendeu o que ele chamou de cidadão de bem andar armado para se “defender” e afirmou que em nenhum momento, apesar de ter o poder para tal, fechou um só botequim se quer. Bolsonaro cheira a morte.

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