18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
18/09/2021 19:15
Atualizado
18/09/2021 19:21

Presos aumentam área de produção dentro do Presídio da Mário Negócio, em Mossoró

Na PAMN, o coentro, a cebolinha, a alface e a rúcula, são produzidos na área interna dos pavilhões pelos detentos no sistema fechado. Tudo é produzido utilizando-se da oferta de águas termais do poço do estabelecimento prisional e sem uso de agrotóxicos. O projeto foi iniciado há 30 dias e já apresenta resultados. “Ótimos resultados”, ressalta Márcio Morais, lembrando da produção de mudas de cajueiro e vassouras ecológicas, que já está em andamento; o plantio de macaxeira e a criação de gato.
Na PAMN, o coentro, a cebolinha, a alface e a rúcula, são produzidos na área interna dos pavilhões pelos detentos no sistema fechado. Tudo é produzido utilizando-se da oferta de águas termais do poço do estabelecimento prisional e sem uso de agrotóxicos. O projeto foi iniciado há 30 dias e já apresenta resultados. “Ótimos resultados”, ressalta Márcio Morais, lembrando da produção de mudas de cajueiro e vassouras ecológicas, que já está em andamento; o plantio de macaxeira e a criação de gato.
Cedida

Nos dias atuais, são mais ou menos 800 detentos na Penitenciária Agrícola Mário Negócio (PAMN), em Mossoró-RN, sendo que uma parte destes presos de justiça, estão trabalhando na produção de mudas de cajueiro anão precoce, de hortaliças, vassouras ecológicas e estão iniciando a produção de macaxeira e criando gado dentro da propriedade do presídio.

A informação é do diretor Márcio Morais, que é agente penitenciário designado pelo governo para a função de diretor. Ele explica que a produção de mudas de cajueiro anão precoce é feita em parceria com o SEBRAE, EMATER, da Vara de Execuções Penais e outras instituições com apoio técnico. “Já são mais de 30 mil mudas, que estão sendo distribuídas com pequenos agricultores da região", diz Márcio Morais.

Veja mais

Detentas iniciam produção de judas de cajueiro na Penitenciária Mário Negócio, em Mossoró

Presas já produziram 15 mil mudas de cajueiro na Penitenciária em Mossoró


Ainda conforme o diretor, a produção de hortaliças é feita sem agrotóxicos. É toda orgânica e a produção é distribuída com instituições humanitárias, sem fins lucrativos, como o Instituto Amantino Câmara, o Albergue Mossoró (Albem) e a Associação de Apoio aos Portadores de Câncer, em Mossoró, que atende a toda a região Oeste do RN.

Esta é a filosofia de trabalho no Sistema Prisional do Rio Grande do Norte desde o início do Governo Fátima Bezerra. O secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, explica que o sistema prisional do RN está sob controle, seguro e com disciplina, e segue avançando nas áreas de educação e trabalho como forma de ressocialização dos internos.

“Estamos comprometidos com soluções para o sistema. Em ações que envolvam a ressocialização, o trabalho e que tragam benefícios para a sociedade. Presos construíram UTIs em hospitais, reformaram escolas e carteiras escolares. Isso é um legado de respeito e dignidade para com a sociedade e a pessoa privada com a liberdade”, disse o secretário.

O secretário e o diretor reconhecem, no entanto, que a opção de trabalho para o preso que quer trabalhar não é ofertada a todos os presos do sistema prisional por dois motivos. O primeiro é que existe mais de 10 mil presos no sistema e não tem como atender a todos. E, segundo, porque existe preso que não tem o comportamento apropriado. Reconhecem, no entanto, que seria um bom caminho para possibilitar a tão sonhada ressocialização.

Na PAMN, o coentro, a cebolinha, a alface e a rúcula, são produzidos na área interna dos pavilhões pelos detentos no sistema fechado. Tudo é produzido utilizando-se da oferta de águas termais do poço do estabelecimento prisional e sem uso de agrotóxicos. O projeto foi iniciado há 30 dias e já apresenta resultados. “Ótimos resultados”, ressalta Márcio Morais,  lembrando da produção de mudas de cajueiro que já está em andamento, o plantio de macaxeira e a criação de gato.

Na unidade foram plantados há poucos dias mil pés de macaxeira, que deve chegar no período da colheita nos próximos meses. Márcio Morais também destacou que a produção também será destinada para instituições humanitárias de Mossoró. “É uma forma do interno contribuir com a sociedade e buscar sua reabilitação, além de reduzir a pena”, diz Márcio Morais.

Quanto ao cultivo da castanha de caju e o enxerto é destinado para doação aos agricultores da região afetados pelas sucessivas secas nos últimos dez anos, que matou praticamente toda a copa do cajueiro gigante que havia. A proposta é repor esta copa e permitir que o agricultor volte a produzir castanha, a desenvolver a região com sua mão de obra.

As castanhas são plantadas e as mudas enxertadas dentro uma estufa que foi construída dentro da área da PAMN com a utilização de verba pecuniária doada pela Vara de Execuções Penais de Mossoró (VEP). Esse projeto é tocado por 30 presas, que estão recolhidas comprindo penas numa área dentro da PAMN. Juntando os projetos, Márcio Morais se diz feliz em ver que as detentas e os detentos estão se esforçando na construção de uma profissão para quando sair da prisão ter um meio de vida longe do mundo do crime.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário