22 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:32
ECONOMIA
13/10/2022 20:01
Atualizado
14/10/2022 10:35

Sindicato dos Petroleiros prevê gasolina acima de 8 reais logo após as eleições

Segundo Pedro Lúcio, Diretor da Federação Única dos Petroleiros(FUP) e Secretário Geral do SINDIPETRO-RN, a refinaria que foi privatizada na Bahia aumentou os preços, seguindo a tendência do mercado internacional e a norma de paridade de importação do Governo Federal; Segundo ele, o pior está por vir, pois o Governo Federal, em função da campanha de reeleição de Bolsonaro, está pressionado para a Petrobras segurar os preços dos combustíveis, mas isto não tem como ser suportado após as eleições e o preço, segundo Pedro Lúcio, deve superar a casa dos R$ 8 reais; Entenda porque os combustíveis estão aumentando no Brasil
Pedro Lúcio, Diretor da Federação Única dos Petroleiros(FUP) e Secretário Geral do SINDIPETRO-RN, a refinaria que foi privatizada na Bahia aumentou os preços, seguindo a tendência do mercado internacional e a norma de paridade de importação do Governo Federal; Segundo ele, o pior está por vir, pois o Governo Federal, em função da campanha de reeleição de Bolsonaro, está pressionado para a Petrobras segurar os preços dos combustíveis, mas isto não tem como ser suportado após as eleições e o preço, segundo Pedro Lúcio, deve superar a casa dos R$ 8 reais; Entenda porque os combustíveis estão aumentando no Brasil

O Diretor da Federação Única dos Petroleiros(FUP) e Secretário Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio,  diz acreditar que o preço da gasolina volte a casa dos oito reais, logo após as eleições presidenciais.

O preço dos derivados de petróleo no Brasil, a partir da ideia de privatizar a Petrobras e suas subsidiárias, passou a ser regulado pelo valor do barril de petróleo no mercado internacional.

Esta mudança ocorreu em outubro de 2016, após o Congresso Brasileiro derrubar o governo Dilma Rousseff, alegando um crime que não aconteceu. Foi um impeachment político.

Desde então, o preço do combustível brasileiro para o brasileiro passou a ser como se fosse importado, com todas as taxas, de países do oriente médio ou norte-americanos.

O atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, manteve este decreto do ex-presidente Michel Temer, e deu início as privatizações das subsidiárias das Petrobras e também das refinarias.

Vendeu o sistema de distribuição de gás por dutos, a distribuidora de combustíveis (BR Distribuidora), assim como colocou à venda 8 das 13 refinarias do Brasil.

A Petrobras vendeu por valores questionáveis ao mercado externo todos os ativos da companhia nas regiões Norte e Nordeste Brasileiro, concentrando seus investimentos apenas no Presal.

Observado por outro ângulo, Pedro Lúcio Góis explica que o Governo Brasileiro entregou a Petrobras ao capital externo, deixando o povo brasileiro refém das intempéries mundo a fora.

Portanto, quando acontece uma guerra como a que ocorre na Ucrânia, o preço do barril de petróleo brent dispara na Bolsa de Nova Yorque, fazendo o mesmo com o preço dos combustíveis no Brasil.

Quando começou a guerra, o preço do barril de petróleo chegou a 120 dólares e mesmo o custo de produção de refino no Brasil tendo se mantido o mesmo, o preço do combustível brasileiro, extraído, refinado e transportado no Brasil, passou a ser vendido no Brasil como se fosse importado.

Esta regra de paridade de importação altamente nociva ao povo Brasileiro, passou a gerar lucros absurdamente altos. Se antes a Petrobras lucrava até 10 bilhões ao ano, após a paridade de importação, lucrou R$ 106 bilhões em 2021. Antes, pelo menos 75% do lucro era reinvestido no Brasil e o restante rateado entre os acionistas majoritários. Desta vez ratearam tudo.

Pedro Lucio estranha que a Petrobras distribuiu entre os acionistas não só lucro, mas também os valores que foram arrecadados com as privatizações das subsidiárias, em movimentações financeiras que só sendo investigadas a fundo se pode entender as razões.

O preço dos combustíveis

Após um curto espaço de tempo, o preço do barril de petróleo baixou para 100 dólares e neste intervalo, o Governo Federal e o Congresso reduziram o ICMS de 29% para 18% nos estados, criando uma falsa realidade de controle do preço dos combustíveis no Brasil. Pura ilusão.

Os preços do barril e outros fatores que contribuem com seu valor no mercado internacional, continuaram a cair e a gasolina, que chegou a ser vendida por 8 reais, baixou para R$ 5 reais, ou, até mesmo, para o consumidor brasileiro. Mas logo em seguida, o preço do barril voltou a subir.

Segundo Pedro Lúcio Góis, por pressão do Governo Federal (Bolsonaro), em campanha de reeleição, seguraram os preços dos combustíveis, deixando um percentual que já se aproxima de 15% reprimido na venda dos combustíveis no Brasil em relação ao mercado externo.

Só que, como vendeu a segunda maior refinaria do Brasil para o Grupo dos Emirados Árabes, eles decidiram nivelar o preço no Brasil ao mercado externo, seguindo o que prevê no decreto de paridade de importação. Também sem controle do transporte, pois vendeu a BR Distribuidora.

O preço dos combustíveis voltou a subir, chegando a R$ 5,50 reais nos postos de combustíveis. Em Mossoró, o Procon fiscalizou e contatou o fato, notificou os postos, que agora vão explicar tecnicamente que estão apenas repassando os valores de compra.

O mais grave, segundo Pedro Lúcio, é que quando passar a campanha, a Petrobras vai ter que subir o preço, seguindo a paridade de importação. É a norma que o Governo Federal manteve. E considerando a retirada de petróleo do mercado esta semana, o sindicalista prevê que a gasolina chega a ficar até acima de 8 reais logo após terminar as eleições no final do mês.

Pedro Lúcio disse que a única saída para sair desta dependência internacional é repensar a função da Petrobras no Brasil: se é dá lucro exorbitantes ao mercado externo, através de um processo de paridade de importação altamente nocivo ao povo Brasileiro ou, como estatal brasileira, servir ao povo Brasileira. “Seja qual for o governo, terá que resolver esta questão”, conclui Pedro Lúcio.  

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