O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Popular de Mossoró se reuniu nesta quarta-feira (19), para julgar a culpa da esteticista Lindérica Lopes da Silva, de 55 anos, no homicídio do mecânico Márcio Alves Gomes.
O crime aconteceu no dia 21 de outubro de 2016, no Aeroporto II, em Mossoró. A vítima foi atacada por Manoel Forte Neto e José Dimas da Silva Martins, enquanto estava em casa. Ela ainda chegou a correr, mas caiu morta em via pública, pouco metros depois.
Manoel Forte e José Dimas já foram julgados e condenados pelo crime.
De acordo com Ministério Público do Rio Grande do Norte, Lindérica Lopes, que era madrasta de Manoel, teria participado do caso instigando os autores a cometerem o crime.
Segundo a promotoria, Lindérica teria ficado sabendo que a vítima queria tentar contra a vida de Manoel. Diante disto, interceptações telefônicas mostraram que no dia do crime a mulher conversou com o enteado, contou o que soube e teria o instigado a entrar em contato com José Dimas, para acertar os detalhes da morte de Márcio.
As gravações foram apresentadas durante o julgamento. A defesa de Lindérica, realizada pela Dra. Giullyana Lucenia Batalha Rocha Fernandes Lobo pediu a absolvição da ré, alegando negativa de autoria.
No entanto, em caso de o júri decidir pela condenação, pediu que fosse considerada se chama de homicídio moral, ou seja, ela não participou diretamente do homicídio a tese de homicídio moral, visto que ela não teve participação direta na consumação do fato.
Os jurados decidiram pela condenação de Lindérica pelo crime, acatando a segunda tese da defesa, de homicídio moral, também aceita pela promotoria.
Com a decisão, o Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros estabeleceu a dosimetria da pena em e 4 anos no aberto por homicídio simples.