07 SET 2024 | ATUALIZADO 13:58
POLÍTICA
23/10/2022 15:42
Atualizado
23/10/2022 17:24

[OPINIÃO] As distrações inconsequentes de Bolsonaro e do aliado Roberto Jefferson

No final de semana passado, o ex-deputado e preso de Justiça Roberto Jefferson, fez declarações de baixíssimo nível contra a STF e a ministra Carmem Lúcia. Antes, o presidente Bolsonaro contou uma história sem pé e sem cabeça, sem e ser perguntado, afirmando direto e indiretamente que meninas de 14 anos da Venezuela estavam se prostituindo nos arredores de Brasília, mesmo sabendo que não era verdade; As declarações inconsequentes de Jefferson e o aliado presidente Bolsonaro, distraíram a mídia durante a semana toda, atrapalhando principalmente o debate de que realmente é importante para a população brasileira entre os candidatos a presidente.
No final de semana passado, o ex-deputado e preso de Justiça Roberto Jefferson, fez declarações de baixíssimo nível contra a STF e a ministra Carmem Lúcia. Antes, o presidente Bolsonaro contou uma história sem pé e sem cabeça, sem e ser perguntado, afirmando direto e indiretamente que meninas de 14 anos da Venezuela estavam se prostituindo nos arredores de Brasília, mesmo sabendo que não era verdade; As declarações inconsequentes de Jefferson e o aliado presidente Bolsonaro, distraíram a mídia durante a semana toda, atrapalhando principalmente o debate de que realmente é importante para a população brasileira entre os candidatos a presidente.

De um nada, esta semana passada partiram agressões graves as minorias, as mulheres e/ou a autoridades, do próprio presidente da república Jair Bolsonaro e de aliados próximos, como a do preso de justiça Roberto Jefferson, presidente de honra do PDT. Imediatamente estes ataques sem qualquer sentido ou razão, viralizam nas redes sociais e viram o tema de debate nacionais por dias.

Esta semana foram dois ataques diretos com este perfil. O primeiro partiu do próprio presidente da república Jair Bolsonaro, contra as adolescentes venezuelanas que se refugiam em São Sebastião, nos arredores de Brasília. Neste caso, Bolsonaro falou em duas entrevistas que as meninas estavam se prostituindo e isto acompanhado com a fala dele de que “pintou um clima” quando as viu.

O que é mais grave é que o presidente sabia que as adolescentes não estavam se prostituindo, pois o próprio Bolsonaro conta que, em 2020, após visitar as adolescentes em São Sebastião, em Brasília, enviou a então ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos, para checar se realmente estavam se prostituindo e confirmou que não estavam. Daí, não precisar adotar nenhuma medida.

Então, porque ele, Bolsonaro, agora em 2022, durante a campanha, sabendo que as meninas não estavam se prostituindo e sim participando de uma ação social de uma estudante de estética, falou em duas ocasiões diferentes que estavam se prostituindo? Pior, afirmou que ia passando, viu as meninas bonitas, bem arrumadas, “pintou um clima”, parou a moto e pediu para entrar na casa?

O presidente Bolsonaro teria mentido de propósito, para criar um fato político, considerando que durante a “visita” a casa fez discurso transmitido por uma rede de TV de que aquela situação de pobreza, de fuga das jovens da Venezuela, era muito grave e que o povo Brasileiro não poderia querer trazer de volta o PT ao Governo para transformar o Brasil na Venezuela.

Se foi esta a desculpa, não deu certo. Na madrugada do mesmo dia, Bolsonaro gravou uma live dizendo que a culpa era do PT por tirar sua frase “pintou um clima” de contexto e divulgar. 

O presidente também acionou a Justiça para tirar a propaganda política do PT do ar, onde ele cita diretamente, sem ninguém perguntar, que ia passando, viu as meninas bonitas, bem arrumadas, “pintou um clima” e pediu para entrar na casa delas. Estas declarações dadas em dois pod cast que Bolsonaro concedeu entrevistas. Posteriormente, as próprias plataformas mídia deletaram as entrevistas com as declarações ofensiva as jovens venezuelanas por desinformar.

Já no final da semana, o ataque gratuito, violento, irresponsável, criminoso em todos os sentidos partiu do presidente de honra do PDT, o preso de justiça Roberto Jefferson, contra a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. O palavreado é de tão baixo nível que aqui omitiremos, por acreditar que não precisamos dá voz a um criminoso com tamanha irresponsabilidade. Antes, o próprio Roberto Jefferson já havia fornecido um falso padre, como candidato a presidente em seu lugar, que avacalhou o que seria um debate entre os candidatos a presidente da república.

As duas distrações geradas sem nenhuma razão, dominou os debates durante a semana, evitando principalmente que os candidatos a presidente da República, entre eles Bolsonaro, se comprometesse com propostas como salvar o SUS, como reduzir a fome de 33 milhões de Brasileiros, como cobrir no orçamento o rombo de 100 bilhões do pacote de bondades do atual governo para se reeleger, como melhorar a educação, a saúde, a segurança e a infraestrutura sem ferir a Lei do Teto de Gastos, qual o protagonismo do Brasil na transição energética mundial....

A lista negligenciada nos debates é longa! Qual o custo real de uma declaração irresponsável, com odor forte de distração, seja ela pensada ou impensada, partindo de uma autoridade constituída, para o povo brasileiro? 

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