30 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:40
POLÍTICA
23/10/2022 17:05
Atualizado
23/10/2022 21:01

Jefferson fere delegado e agente da PF com granadas e diz que não vai se entregar

Os agentes da PF foram à casa de Jefferson após ele divulgar vídeo com graves ofensas ao STF e também a ministra Carmem Lúcia. A ordem para tira-lo de prisão domiciliar e leva-lo ao regime fechado foi dada pelo ministro Alexandre de Morais. Os chefes dos principais poderes do País repudiaram os atos de Jefferson. Lula disse que o comportamento criminoso de Jefferson reflete os atos e falas de seu adversário na corrida pela Presidência da República. O presidente da Câmara, Artur Lira, também repudiou. O presidente Bolsonaro, em nota lida por ele, repudiou o ato do aliado Roberto Jefferson contra a ministra Carmem Lucia e contra a PF e disse que determinou que o ministro da Justiça e o chefe da Polícia Federal fossem para o Rio de Janeiro, acompanhar o caso.
Os agentes da PF foram à casa de Jefferson após ele divulgar vídeo com graves ofensas ao STF e também a ministra Carmem Lúcia. A ordem para tira-lo de prisão domiciliar e leva-lo ao regime fechado foi dada pelo ministro Alexandre de Morais. Os chefes dos principais poderes do País repudiaram os atos de Jefferson. Lula disse que o comportamento criminoso de Jefferson reflete os atos e falas de seu adversário na corrida pela Presidência da República. O presidente da Câmara, Artur Lira, também repudiou. O presidente Bolsonaro, em nota lida por ele, repudiou o ato do aliado Roberto Jefferson contra a ministra Carmem Lucia e contra a PF e disse que determinou que o ministro da Justiça e o chefe da Polícia Federal fossem para o Rio de Janeiro, acompanhar o caso.

O preso de justiça Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB e aliado do Governo Bolsonaro, recebeu a Polícia Federal (PF) em sua casa, na tarde deste domingo, dia 23, na região Serrana do Estado do Rio de Janeiro (RJ), com tiros de fuzis e granadas.

Após o ataque a PF,  Jefferson falou que não se entregaria. O presidente Bolsonaro enviou o ministro da Justiça e o superintendente da PF para o Rio de Janeiro. Até o momento, Jefferson continua refugiado dentro de casa, cercado pela PF e o BOPE.

A PF foi a casa de Jefferson prendê-lo por ordem do ministro Alexandre Alexandre de Morais, do STF, depois que Jefferson ter atacado o STF e a ministra Carmem Lúcia. Estas declarações de Jefferson foram repudiadas de imediato por todas as autoridades brasileiras, menos o presidente Bolsonaro.

Depois do ocorrido, o presidente Bolsonaro falou que repudiava o ato do Jefferson. No caso, Jefferson, aliado de Bolsonaro, estava sendo retirado de prisão domiciliar para ser colocado em regime fechado por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Além da prisão em regime fechado, a PF também recebeu ordens para revistar a casa, multa e outras sanções. 

O ato criminoso foi narrado pelo próprio Roberton Jefferson em vídeo divulgado nas redes sociais. No ataque com dois tiros de fuzis e três arremessos de granadas, deixou agentes federais feridos,  o delegado Marcelo Vilella e a agente Karina Lino Miranda de Oliveira, de 31 anos.

“Eu não vou me entregar... ... vou enfrenta-los. Eles atiraram em mim e eu atirei neles. Estou dentro de casa e eles estão me cercando. Eu não me entrego. Vou cair de pé", diz Roberton Jefferson, fazendo discurso se dizendo vítima do sistema, vítima do STF.

Em Nota, a Polícia Federal informou que os dois agentes da cooperação foram levados para o Hospital e já foram liberados. Foram atingidos por estilhaços. Não correm risco de morte.

Logo em seguida, veio as declarações repudiando o ato. O presidente Jair Bolsonaro, falou que repudia as palavras proferidas por Jefferson contra a ministra Carmem Lúcia.

Também afirmou que repudiava a atuação armada de Roberton Jefferson contra os agentes federais e também a instauração de inquérito sem nenhum respaldo na Constituição e sem atuação do Ministério Público. Finaliza a nota dizendo que enviou o ministro da Justiça Anderson Torres ao Rio de Janeiro para acompanhar este lamentável episódio. “Ponto Final”, finaliza Bolsonaro.

O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que foi informado que “ele não só atirou como soltou granadas”, diz Lula, acrescentando que não se trata de um comportamento adequado.

Lula lembrou das agressões sofridas por Marina Silva, em Belo Horizonte. Neste caso, chamou Marina Silva de vagabunda. “Isso não acontecia na política brasileira nunca”, diz Lula.

Ele acrescenta: “Nós disputamos tantas eleições, há 50 anos que nós disputamos eleições neste país, nós nunca ouvimos uma aberração desta, uma ofensa desta, uma cretinice que desta, que este cidadão, que é meu adversário, estabeleceu no País”, acrescenta Lula, sem mencionar o nome Bolsonaro.

“Ou seja, ele conseguiu criar neste País uma parcela sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, e que espalha Fake News o inteiro, sem se importar se o filho dele tá vendo/ouvindo a mentira ou não. Ou seja, é desrespeito pela sociedade”, destaca.

Segundo Lula, o comportamento do presidente Bolsonaro é o que gera comportamento do ex-deputado Roberton Jefferson e gera comportamento de algumas pessoas que seguem o adversário nosso”, finaliza Lula.

O presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, do PP, escreveu: O Brasil assiste estarrecido fatos que, neste domingo, atingiram o pico do absurdo. Em nome da Câmara, repudio toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”. 

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