O marceneiro Gilkley Crystiano Batista, de 37 anos, foi absolvido nesta quarta-feira, 26, de mais uma acusação de homicídio, novamente por falta de provas. Nos dois casos, o Ministério Público Estadual e os advogados de defesa concordaram que a justiça seria feita com a absolvição, sendo atendidos pelo Conselho de Sentença composto por membros da sociedade.
“Observe que este caso é de outubro de 2015. O réu, que tem residência física, família, profissão definida, teve dificuldades durante todo este tempo para se manter, pois havia estes impedimentos. Com estas questões judiciais resolvidas, o Sr. Gilkley Batista vai poder seguir sua vida com a família. Maior injustiça num processo é quando se condena um réu inocente”, explicou Darwim Sales em contato com o MOSSORÓ HOJE.
Neste processo que foi a julgamento popular nesta quarta-feira, 26, Gilkley foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de ter assassinado Hudson Natanael de Lira Oliveira, crime este ocorrido no dia 6 de outubro de 2015, por volta das 23h, na Rua João Batista da Cunha, no bairro Dom Jaime Câmara, zona leste da cidade de Mossoró-RN.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima caminhava pela via pública na companhia da mulher Andreza Patrícia da Cunha. Num determinado momento, um Fiat Uno preto, com homens encapuzados e atiraram na vítima, que ainda foi socorrida, mas morreu quando recebia o socorro para o Hospital Regional Tarcísio Maia.
Na época, Andreza Patrícia afirmou na polícia que reconheceu Gilkley Batista, porém, quando ouvida em juízo, ela negou. Segundo o promotor Italo Moreira Martins, que atuou no Tribunal do Júri Popular desta quarta-feira, Andreza alegou que havia sido pressionada pela família apontar Gilkley, mas que ela, na verdade, não teve como identificar os assassinos do marido.
O Juiz presidente do Tribunal do Júri Popular, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, abriu os trabalhos por volta das 9h, com o sorteio dos 7 jurados.
O promotor de Justiça Italo Moreira Martins fez a exposição do caso que teve Hudson Natanael como vítima, levando em consideração as provas no processo e encerrou pedindo a absolvição do réu Gilkley Batista. Segundo ele, o Ministério Público trabalha para que seja feita justiça e, no caso, como não existia provas, Justiça se faz absolvendo o réu.
Os advogados Darwin Wamberto Barbosa Sales, Jerônimo Azevedo Bolão Neto e Tereza Gabriela Magalhães de Sousa Formiga, atuando pela defesa, destacaram que haviam estudado a fundo o processo e não haviam encontrado provas que se quer colocasse o réu Gilkley Batista no local do crime. Entendem que, no caso, para que se tenha justiça, de fato o caminho era a absolvição, que terminou acontecendo.
Encerados dos debates, o Conselho de Sentença seguiu as teses de defesa e acusação, votando nos quesitos de absolvição.
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O Tribunal do Júri Popular volta a se reunir nesta quinta-feira, 27, para julgar Adriana Maria Ferreira de Lima Pereira, por tentativa de homicídio ocorrido na Praça do Livro, localizada na Av Rio Branco, no bairro Santo Antônio, no dia 31 de janeiro de 2015 contra Josicleide da Costa Caetano. Esta tentativa de homicídio teria sido por que, supostamente, Josicleide teria se relacionado com Carlos Alexandre, ex-companheiro da ré Adriana Ferreira.
O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro vai representar o Ministério Público Estadual neste júri e o advogado Jairo Rocha Ximenes Ponte está inscrito para atuar na defesa da ré. Os trabalhos estão previstos para começarem às 9h, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, da Primeira Vara Criminal de Mossoró.