Nesta terça-feira (07) o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Mossoró volta a se reunir para julgar a culpa de Daniel Berg Felipe da Silva, no homicídio de Fabricio Antônio da Costa Leite, de 21 anos.
Este júri popular deveria ter acontecido no mês de agosto deste ano, mas acabou sendo adiado, junto com outros que estavam marcados para a mesma época.
O crime aconteceu no dia 28 de julho de 2022, em frente a uma pizzaria do bairro Nova Betânia, em Mossoró. A vítima estava com uma mulher e uma criança na hora em que foi assassinada com vários disparos de arma de fogo. A mulher e a criança não foram atingidos.
Daniel foi preso no dia seguinte, quando a polícia localizou o carro utilizado no crime, que estava em seu nome. Na época, ele alegou que havia sido vítima de um sequestro. No entanto, após ser interrogado, ele acabou confessando alguns detalhes do crime.
O júri está previsto para às 9h, sendo presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O Ministério Público do Rio Grande do Norte será representado pelo promotor Ítalo Moreira Martins. Já a defesa do réu será feita pelo advogado João Victor Gomes Antunes.
O CASO
De acordo com a denúncia do MPRN, Daniel Berg Felipe da Silva dirigia o veículo utilizado no crime e estava na companhia de outras pessoas que ainda não foram identificadas. Ao se aproximarem da vítima, sem que esta tivesse chances de reagir, os ocupando desferiram vários disparos de arma de fogo contra ela.
O carro de Daniel tinha adesivos de um aplicativo de transporte de passageiros, o que facilmente o identificou. Diante disto, ele tratou de, logo após o crime, retirar os adesivos e abandonar o veículo.
Em seguida, ligou para o CIOSP, afirmando que havia sido vítima de sequestro e obrigado a dirigir para os autores do homicídio de Fabrício. No entanto, a polícia constatou que a denúncia era falsa e que ele mesmo havia removido os adesivos do veículo. Com isso, Daniel acabou autuado pelo homicídio.
No decorrer das investigações ficou ainda esclarecido que a vítima tinha passagem pelo sistema prisional e tinha integrado a organização criminosa conhecida por “Sindicato do RN”, enquanto que seus algozes eram ligados ao PCC, sendo a disputa entre os dois grupos o motivo do assassinato.