15 NOV 2024 | ATUALIZADO 14:25
POLÍCIA
06/12/2023 17:03
Atualizado
06/12/2023 17:03

Júri condena réu conhecido por "B. Assassino" a 33 anos de prisão

Bruno Linhares de Lima, de 30 anos, conhecido no mundo do crime por "B. Assassino" (ao fundo, bebendo água), foi julgado nesta quarta-feira, 6, por ter comandado um ataque a tiros ao lado da La Bomboneira, no bairro Nova Betânia, matando Adrielisson José da Silva, o Novinho, e deixando outros dois baleados, no dia 3 de novembro de 2022. O crime foi motivado por guerra de facção, segundo demonstrou o Ministério Público Estadual.
Bruno Linhares de Lima, de 30 anos, conhecido no mundo do crime por "B. Assassino" (ao fundo, bebendo água), foi julgado nesta quarta-feira, 6, por ter comandado um ataque a tiros ao lado da La Bomboneira, no bairro Nova Betânia, matando Adrielisson José da Silva, o Novinho, e deixando outros dois baleados, no dia 3 de novembro de 2022. O crime foi motivado por guerra de facção, segundo demonstrou o Ministério Público Estadual.

Bruno Linhares de Lima, de 30 anos, conhecido no mundo do crime por B. Assassino, pegou 33 anos, 1 mês e 15 dias de prisão pelo assassinato de Adrielisson José da Silva, o Novinho, e por tentar contra a vida de outras duas pessoas, no dia 3 de novembro de 2022.

O ataque com mais de 20 tiros aconteceu ao lado da Arena La Bomboneira Clube, localizada na Av. João da Escóssia, no bairro Nova Betânia, em Mossoró. O motivo do ataque, segundo demonstrou com clareza o Ministério Público Estadual, foi guerra de facção.

O Tribunal do Júri Popular começou por volta das 10h, com a chegada do réu, que veio de Natal. O juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, fez o sorteio dos sete jurados, com a presença do promotor de Justiça Ítalo Moreira e do advogado Jerônimo Azevedo Bolão.

Arrolado como testemunha pela defesa, o delegado Caio Fábio Nunes Limeira, da Delegacia de Homicídios de Mossoró, foi o primeiro a ser ouvido.

Em seguida, o réu B Assassino prestou depoimento em juízo.


Bruno Linhares, o B Assassino, confessou o crime aos jurados. Disse que matou para não morrer. Disse que a vítima Novinho havia matado um amigo dele, atirado na casa dele e que ele seria o próximo. Falou que é casado e que tem filhos pequenos para criar.

O promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins, em sua fala, demonstrou que o ataque patrocinado por B. Assassino não foi em defesa da família, como falou. Mostrou que, na verdade, se tratava de uma guerra mortal entre duas facções em Mossoró.

A prova crucial mostrada em plenário pelo promotor foi uma transcrição da conversa de B Assassino e um comparsa conhecido por Sennick. Neste diálogo, que a Polícia teve acesso com autorização judicial, mostra que a morte de “Novinho” sendo encomendada.

Ainda nesta troca de mensagens, após o crime, os assassinos mostraram as fotos do local, comemorando o crime. As partes envolvidas neste caso, inclusive o Sennick, foram todos localizados e interrogados pelo delegado Caio Fábio Nunes Limeira.

Novinho foi morto com mais de 15 tiros, no momento que chegava a La Bomboneira para jogar bola com os amigos. A investigação feita pelo delegado Caio Fábio Nunes Limeira recebeu elogios do promotor de Justiça Ítalo Moreira e do advogado Jerônimo Azevedo.

Os tiros disparados a ermo, segundo o promotor Ítalo Moreira Martins, também configura tentativa de homicídio, mas neste caso, as vítimas não eram o alvo do atirador.

Concluiu sua participação na Tribuna do Tribunal do Júri Popular pedindo a condenação do réu por homicídio duplamente qualificado e por duas tentativas de homicídio.

O advogado de defesa Jerônimo Azevedo Bolão Neto sustentou a tese de “inexigibilidade de conduta diversa”, que significa que o réu B Assassino teria promovido o ataque porque temia que a vítima Novinho lhe matasse. Colocou também que o Novinho teria atacado a residência dele, mas que este fato ele não teria registrado em Boletim de Ocorrência.

Concluído os debates, o Conselho de Sentença votou pela condenação do réu nos termos propostos pelo Ministério Público Estadual. Com base no que foi decidido, em Sala Secreta, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros aplicou a pena de 33 anos, 1 mês e 15 dias. O réu, que está preso na Grande Natal, após o julgamento, foi levado de volta para a prisão.


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