08 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:30
MOSSORÓ
ANNA PAULA BRITO
22/12/2023 14:33
Atualizado
22/12/2023 14:33

“Não foi a pena que a família desejava, mas eles estão condenados”, diz pai de Eliel

Passada uma semana do júri popular que levou às condenações dos assassinos de Eliel Ferreira Cavalcanti Júnior, a reportagem do MOSSORÓ HOJE conversou com a mãe e o pai do jovem, Vania Maria Cavalcanti e Eliel Ferreira Cavalcanti. Eles contaram que, em um primeiro momento, sentiram alívio, pois temiam que algum dos réus pudesse ser absolvido. No entanto, após passada a tensão do momento, se deram conta de que as penas foram baixas, principalmente, segundo Vânia, para Ialami Gonzaga, responsável pelos 7 tiros que mataram a vítima. Pelo homicídio duplamente qualificado, o homem, conhecido como Júnior Preto, foi condenado a 16 anos de prisão.
“Não foi a pena que a família desejava, mas eles estão condenados”, diz pai de Eliel. Passada uma semana do júri popular que levou às condenações dos assassinos de Eliel Ferreira Cavalcanti Júnior, a reportagem do MOSSORÓ HOJE conversou com a mãe e o pai do jovem, Vania Maria Cavalcanti e Eliel Ferreira Cavalcanti. Eles contaram que, em um primeiro momento, sentiram alívio, pois temiam que algum dos réus pudesse ser absolvido. No entanto, após passada a tensão do momento, se deram conta de que as penas foram baixas, principalmente, segundo Vânia, para Ialami Gonzaga, responsável pelos 7 tiros que mataram a vítima. Pelo homicídio duplamente qualificado, o homem, conhecido como Júnior Preto, foi condenado a 16 anos de prisão.
Foto: Cezar Alves

Foi 1 ano e 8 meses de espera até o júri popular que levou às condenações de Ialamy Gonzaga, conhecido por Junior Preto, Francisco de Assis Ferreira da Silva, conhecido por Neném, e Josemberg Alexandre da Silva, conhecido por Beberg, pelo homicídio de Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de 25 anos, e pela tentativa d e homicídio contra Lucas Emanuel Pereira de Menezes Ferreira. O crime aconteceu no bairro Doze Anos, em Mossoró, no dia 9 de abril de 2022.

Após uma semana do julgamento, ocorrido em Natal, nos dias 12 e 13 de dezembro, a reportagem do MOSSORÓ HOJE conversou com a mãe e o pai do jovem, Vania Maria Cavalcanti e Eliel Ferreira Cavalcanti, para saber como a família recebeu a condenação e as penas proferidas aos culpados.

Eles contaram que, em um primeiro momento, sentiram alívio, pois temiam que algum dos réus pudesse ser absolvido. No entanto, após passada a tensão do momento, se deram conta de que as penas foram baixas, principalmente, segundo Vânia, para Ialami Gonzaga, responsável pelos 7 tiros que mataram a vítima que já se encontrava indefesa.

Pelo homicídio duplamente qualificado, o homem, conhecido como Júnior Preto, foi condenado a 16 anos de prisão. Outros 7 anos ainda foram acrescidos à pena, pela tentativa de homicídio duplamente qualificada contra Lucas Emanuel, então namorado de Eliel.

Os outros envolvidos, Francisco de Assis e Josemberg, foram condenados, respectivamente, a penas totais de 25 e 22 anos de reclusão.

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Vânia disse que, apesar da condenação, não se sentiu aliviada, pois nada traria seu filho de volta, um menino que, segundo ela, era doce, gentil e que o considerava seu melhor amigo.

“Não aliviou nada para mim, porque foram dois dias terríveis, cruéis, ficar de frente para o assassino, friamente, que não mostrou em nenhum momento arrependimento. Eu sofri muito e tô vivendo como se tivesse acontecido tudo agora. Eu sei que nada vai trazer nosso filho de volta, mas a justiça foi feita. Eu sei que foi pouco, para o Júnior Preto, principalmente, foi muito pouca a pena dele. A justiça foi feita, mas a dor continua cada dia pior”.

Eliel Cavalcanti concordou com a esposa, mas disse que a família respeita a decisão da justiça e que cabe ao Ministério Público pedir nova dosimetria da pena ao Tribunal de Justiça do Estado, caso assim entenda necessário.

“Não foi a pena que a família desejava, mas eles estão condenados e a gente espera que eles passem um bom tempo na cadeia. É isso que a família espera”, disse.

O pai da vítima também afirmou que nunca teve a oportunidade de ficar frente a frente com os assassinos, tendo sido a primeira vez no dia do julgamento. Ele afirmou que, apesar da condenação, gostaria de saber o real motivo que levou Júnior Preto a matar seu filho de forma tão cruel, quando já estava dominado.

“Se eu tivesse a oportunidade de encontrar com eles, a pergunta era: por que tirar a vida de um inocente? Se não tinha nenhum motivo, não tinha nenhuma cena de roubo, de assalto e simplesmente chegar e querer fazer justiça com as próprias mãos. Se confundiu que era um ladrão, depois que meu filho tava imobilizado, por que matar? Por que não chamar a polícia? Tiraram a vida com 7 tiros. Aí a gente não aceita essa versão de ter confundido com um ladrão. Tem algo que não tá bem explicado”, concluiu.


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