07 NOV 2024 | ATUALIZADO 16:04
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO
12/01/2024 17:22
Atualizado
12/01/2024 21:32

TJRN mantém decisão que condenou os envolvidos no homicídio do PM Ildônio

O crime aconteceu em agosto de 2018, quando o PM, juntamente com outros estudantes, se deslocava de Caraúbas para assistir aula na cidade de Mossoró. Os cinco réus foram condenados a mais de 45 anos de prisão, em outubro de 2022, pelos crimes de latrocínio, roubo majorado e participação em organização criminosa. A Câmara Criminal manteve, em segunda instância, a decisão em parte. No entanto, o órgão julgador atendeu ao argumento de menoridade relativa e reduziu a dosimetria para dois acusados, que ficou em pouco mais de 37 anos de reclusão.
TJRN mantém decisão que condenou os envolvidos no homicídio do PM Ildônio. O crime aconteceu em agosto de 2018, quando o PM, juntamente com outros estudantes, se deslocava de Caraúbas para assistir aula na cidade de Mossoró. Os cinco réus foram condenados a mais de 45 anos de prisão, em outubro de 2022, pelos crimes de latrocínio, roubo majorado e participação em organização criminosa. A Câmara Criminal manteve, em segunda instância, a decisão em parte. No entanto, o órgão julgador atendeu ao argumento de menoridade relativa e reduziu a dosimetria para dois acusados, que ficou em pouco mais de 37 anos de reclusão.

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) manteve, em parte, o que foi decidido pela sentença da Unidade Judiciária de Delitos de Organização Criminosa, que condenou cinco pessoas por um assalto a ônibus escolar, que culminou no assassinato do policial militar Ildônio José da Silva, de 43 anos.

O crime aconteceu em agosto de 2018, quando os estudantes se deslocavam de Caraúbas, para assistir aula na cidade de Mossoró. Os envolvidos teriam envolvimento com uma facção criminosa, com alguns deles como parte do que foi definido como “Linha de Frente” da organização.

Os réus foram condenados em outubro de 2022 a mais de 45 anos de prisão e 690 dias-multa, pelos crimes de latrocínio, roubo majorado e participação em organização criminosa.

Apesar de manter a decisão em parte, o órgão julgador atendeu ao argumento de menoridade relativa e reduziu a dosimetria para dois acusados, que ficou em pouco mais de 37 anos de reclusão.

Segundo os autos, após a divulgação do roubo que resultou na morte do policial, foram realizadas diligências nas rodovias que ligam os municípios de Caraúbas e Campo Grande, na tentativa de localizar os autores do delito e, durante as fiscalizações, os policiais abordaram o veículo utilizado por três envolvidos, os quais, após inquiridos, foi percebido que estavam em fuga.

Ainda conforme os autos, os policiais pediram autorização para que os ocupantes dos veículos entregassem os celulares desbloqueados, tendo eles consentido com o acesso aos aparelhos. Na oportunidade, os policiais descobriram que uma pessoa aguardava-os na cidade de Assú, local onde seria dada continuidade à fuga do distrito da culpa.

“Como se vê, conquanto não tenha havido a prévia autorização judicial para a visualização dos dados extraídos no celular apreendido no flagrante, verifica-se que, neste caso, o próprio réu autorizou o acesso do aparelho aos policiais, de modo a não configurar a violação às garantias constitucionais à inviolabilidade da intimidade e da vida privada prevista no art. 5º, X, da Constituição Federal”, explica a relatoria do recurso.

Segundo a decisão, foi comprovada por meio das extrações de dados do aparelho celular de uma envolvida, sua participação nos roubos que culminaram na morte do policial, bem como na organização criminosa.

Neste sentido, conforme o julgamento, se apurou, durante as investigações, que uma apelante possuía um relacionamento afetivo com um dos acusados, já falecido, e que também era integrante da organização, com o qual planejava assalto ao ônibus escolar, cabendo a esta informar o melhor momento para que o grupo abordasse e realizasse o roubo.

“Por fim, vale acrescentar que, além de informante, incumbiu-se ainda a apelante o papel de revender os objetos subtraídos dos estudantes e repassar o valor arrecadado aos demais integrantes da organização criminosa, conforme transcrições das mensagens extraídas do celular dela”, reforça o relator.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário