O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, designou o secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Públicas Penais, acompanhado com seis peritos, para apurar, pessoalmente, como se deu a primeira fuga da história do sistema prisional federal no Brasil.
Entre as medidas, o ministro afastou os diretores e já designou interventores que já chegaram a Mossoró, com André Garcia, para comandar a unidade em Mossoró.
Estão fuga: Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, o "Tatu", ambos naturais do estado do Acre (AC).
Os dois são condenados por tráfico, homicídio e assalto. Seriam membros de uma facção e estavam na Penitenciária Federal de Mossoró desde o ano passado.
Com relação a primeira determinação do ministro, com relação ao secretário André Garcia, este já se encontra em Mossoró. Chegou no início da noite.
Até determinado momento, as autoridades locais não deram qualquer declaração de como teria ocorrido a fuga e nem quando.
No Brasil, além de Mossoró, tem penitenciária Federal: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO).
O sistema prisional federal começou a ser implantado no Brasil em 2006.
A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009, com capacidade para 208 presos em celas individuais.
Atualmente está custodiando os homens mais temidos do Brasil: Marcos Willians Herbas Camacho e Luiz Fernando da Costa, o Beira Mar.
1. Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
2. Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
3. Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
4. Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
5. Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
6. Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.