19 MAR 2024 | ATUALIZADO 22:55
NACIONAL
Da redação / Com informações do Estadão
21/12/2015 14:59
Atualizado
13/12/2018 11:21

Após denúncia de mensalão , cúpula da Corregedoria da Polícia Civil de SP é afastada

Nestor Sampaio Penteado Filho deixa direção do órgão; outras nove pessoas foram afastadas de cargos pelo secretário de Segurança Alexandre de Moraes.
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O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, convocou uma coletiva nesta segunda-feira (21) e anunciou que o atual diretor da Corregedoria da Polícia Civil, delegado Nestor Sampaio Penteado Filho, foi afastado do cargo. No lugar dele, vai assumir o delegado Domingos Paulo Neto, que atualmente é diretor Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

As demissões foram anunciadas após o Estado revelar que o Ministério Público Estadual (MPE) investiga a existência de um "mensalão" pago por policiais corruptos à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. Essas mudanças acontecem, segundo Moraes, porque todos os membros da Corregedoria citados pelo MPE serão investigados em inquéritos policiais. "Para evitar o constrangimento do chefe da equipe investigar a própria equipe", justificou o secretário.

Também foram afastados sete investigadores da Polícia Civil, o chefe dos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Silvio Toyama, e o delegado Luiz Longo. Os dois aparecem em vídeo considerado com a rincipal prova do MPE.

Nas imagens, promotores de Justiça são enganados por policiais civis que facilitam a fuga de dois investigadores acusados de corrupção. As imagens foram gravadas pelo circuito de segurança do Deic, em Santana, na zona norte, onde o caso aconteceu, em novembro.

Segundo as investigações, os corregedores venderiam proteção aos homens que deveriam investigar e prender. Em troca de até R$ 50 mil, os corregedores informavam a delegacias e departamentos da Polícia Civil o planejamento de operações do MPE  e o recebimento de denúncias feitas por vítimas de extorsões de policiais.

Expulsão

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que os policiais envolvidos no "mensalão" da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo serão processados e podem ser expulsos da corporação.

"Os policiais envolvidos, todos eles, responderão em processo. Se for confirmado, serão expulsos da polícia e responderão civil e criminalmente", afirmou o governador, sem, no entanto, detalhar quem são os alvos.

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