26 OUT 2024 | ATUALIZADO 18:26
POLÍCIA
29/07/2024 19:52
Atualizado
29/07/2024 20:00

Wendel Lagartixa é absolvido pela Justiça do Estado da Bahia

Apesar da decisão na Bahia, o policial reformado Wendel Lagartixa continua preso por determinação da Justiça do Rio Grande do Norte, onde responde por uma chacina ocorrida no dia 20 de julho de 2022, zona norte de Natal. No caso da Bahia, o juiz do processo explicou na sentença que restou provado que a arma de uso restrito estava na posse de Felipe Almeida (irmão de Wendel Lagartixa), a pessoa certa que deve responder pelo crime, juntamente com Aldemir Inácio de Oliveira, que seria o proprietário da arma emprestada a Felipe.
Apesar da decisão na Bahia, o policial reformado Wendel Lagartixa continua preso por determinação da Justiça do Rio Grande do Norte, onde responde por uma chacina ocorrida no dia 20 de julho de 2022, zona norte de Natal. No caso da Bahia, o juiz do processo explicou na sentença que restou provado que a arma de uso restrito estava na posse de Felipe Almeida (irmão de Wendel Lagartixa), a pessoa certa que deve responder pelo crime, juntamente com Aldemir Inácio de Oliveira, que seria o proprietário da arma emprestada a Felipe.

Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido por Wendel Lagartixa, de 45 anos, foi absolvido da acuação de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito das forças armadas e também de fraude processual na 3ª Vara Criminal da Comarca de Vitória da Conquista, na Bahia.

Wendel Lagartixa havia sido preso no dia 10 de maio deste ano, quando se dirigia pela BR 116 do Rio Grande do Norte, na companhia de Felipe Feliciano de Almeida (irmão), Raysandro dos Santos Cortez de Almeida (sobrinho) e do PM João Belarmino de Sousa Filho, para o Estado do Rio Grande do Sul, com a ideia, segundo eles, de ajudar as vítimas das fortes chuvas naquele estado.

Ao passar por Vitória da Conquista, foram abordados pela PRF, que encontrou a arma de uso restrito por trás do banco do carro. Inicialmente, Felipe Feliciano, que dirigia o carro, assumiu a propriedade da arma, porém, na delegacia, a Polícia Civil deu voz de prisão contra Wendel Lagartixa e o prendeu em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e também por fraude processual.

A prisão em flagrante foi mantida e convertida em prisão preventiva. Passados dois meses, o juiz Leonardo Coelho Bonfim, ao analisar as provas acostadas no processo pelos advogados de defesa, decidiu pela absolvição de Wendel Lagartixa.

O juiz aponta na sentença que todos os depoimentos indicam que a arma estava em poder de Felipe Almeida, irmão de Wendel Lagartixa. E o proprietário da arma, Aldemir Inácio Oliveira, também declarou no processo ter entregue a arma de fogo nas mãos de Felipe.

“Ora, com a devida vênia, não só restou comprovado que o réu não praticou o delito, como restou demonstrada a prática do delito pela pessoa de FELIPE, na modalidade transportar arma de fogo, assim como, prática do delito levado a efeito pela pessoa de ALDEMIR INÁCIO, na modalidade ceder, ambas as práticas constantes do núcleo do tipo penal do artigo 16 da lei 10.826/03”, escreveu o magistrado na decisão.


Apesar da decisão da Justiça da Bahia, o policial reformado Wendel Lagartixa vai continuar preso, por determinação da Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, acusado de participação numa chacina ocorrida no dia 20 de julho de 2022, em Natal.

Na ocasião desta chacina foram assassinados:

Yago Lucena Ferreira,

Rommenigge Camilo dos Santos

Felipe Antoniere Araújo

Sobreviventes da chacina

Matheus Lucena Ferreira,

Francisco de Medeiros Silva

Alexandre Vieira da Silva

Consta no processo que Wendel Lagartixa teria praticado este crime juntamente com João Maria da Costa Peixoto, Francisco Rogério da Cruz e Roldão Ricardo dos Santos Neto. Em função deste processo, o Tribunal de Justiça do RN decretou a prisão preventiva dele.

Na hipótese da Justiça do Rio Grande do Norte não revogar a prisão preventiva neste processo, Wendel Lagartixa deve ser transferido do Batalhão da Polícia Militar em Salvador, onde se encontra preso, para um presídio do Rio Grande do Norte, para aguardar julgamento popular da acusação de participação na chacina da zona norte de Natal.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário