16 JAN 2025 | ATUALIZADO 12:38
MUNDO
COM INFORMAÇÕES DA CNN
15/01/2025 18:23
Atualizado
16/01/2025 08:03

Israel e Hamas chegaram a um acordo para libertação de reféns e cessar-fogo

A informação foi divulgada pela CNN, que também informou que o gabinete israelense ainda precisa aprovar o acordo por maioria simples. O acordo será implementado em três fases, sendo que a primeira teria duração de 42 dias. Segundo o primeiro-ministro do Catar, ele terá início no dia 19 de janeiro.
Israel e Hamas chegaram a um acordo para libertação de reféns e cessar-fogo em Gaza. A informação foi divulgada pela CNN, que também informou que o gabinete israelense ainda precisa aprovar o acordo por maioria simples. O acordo será implementado em três fases, sendo que a primeira teria duração de 42 dias. Segundo o primeiro-ministro do Catar, ele terá início no dia 19 de janeiro.
FOTO: REPRODUÇÃO/GLOBO NEWS

Israel e Hamas chegaram a um acordo para libertação de reféns e cessar-fogo na Faixa de Gaza, segundo disse uma fonte à CNN. Entretanto, o gabinete israelense precisa aprová-lo por maioria simples.

O acordo será implementado em três fases, sendo que a primeira teria duração de 42 dias. Segundo o primeiro-ministro do Catar, ele terá início no dia 19 de janeiro.

Na primeira, seriam libertados 33 reféns mantidos pelo Hamas e seus aliados desde 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertaria “muitas centenas” de prisioneiros palestinos. A Suprema Corte do país ouvirá petições de qualquer um que se oponha à libertação de prisioneiros palestinos.

Israel acredita que a maioria dos 33 reféns a serem libertados na primeira fase do acordo estão vivos.

Civis palestinos em Gaza poderão retornar livremente ao norte do território e deve haver fluxo maior de envio de ajuda humanitária, pontuou um oficial israelense à CNN anteriormente.

Ainda segundo as apurações sobre o que estava sendo negociado, os militares de Israel começariam a se retirar dos centros populacionais durante a primeira fase, mas permaneceriam ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito, conhecida como Corredor Filadélfia, ainda segundo a fonte.

Israel também manteria uma “zona-tampão” dentro de Gaza ao longo de sua fronteira, cujo tamanho era um dos pontos de discordância nas conversas.

O acordo também aumentaria a quantidade de ajuda humanitária que entra no território palestino, de acordo com a Associated Press, que teve acesso a uma cópia do rascunho do acordo.

Espera-se que o acordo inclua a libertação de cinco soldados israelenses detidas pelo Hamas ainda na primeira fase do acordo, cada uma das quais seria “trocada” por 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 condenados que estão cumprindo penas perpétuas, ainda segundo a Associated Press.

Prisioneiros palestinos considerados responsáveis ​​por matar israelenses não seriam libertados para a Cisjordânia, mas sim para a Faixa de Gaza ou para o exterior após acordos com outros países.

Segunda fase de acordo seria destinada a acabar com a guerra

As negociações para chegar à segunda e terceira fases do acordo de cessar-fogo — que visa acabar com a guerra — começariam no 16º dia da implementação do acordo, de acordo com uma autoridade de Israel.

Não há garantia de que o cessar-fogo continue além da primeira fase do acordo. No entanto, a autoridade disse que Israel está ansioso para “trazer todos os nossos reféns de volta para casa” e entrará em negociações para que haja a segunda fase, o que pode levar à retirada total das forças israelenses de Gaza.

Israel não se compromete a acabar com a guerra no acordo, mas se comprometeu a se envolver em negociações para entrar na próxima fase do acordo — o que levaria à retirada total das tropas israelenses.

A Associated Press relatou que os mediadores deram ao Hamas garantias verbais de que pressionarão Israel a chegar a um entendimento para as próximas fases do acordo.

Quantos reféns estão sob posse do Hamas?

O Hamas e seus aliados detêm 94 pessoas tiradas de Israel em 7 de outubro de 2023. Pelo menos 34 delas estão mortas, de acordo com o governo israelense, embora o número real deva ser maior.

O Hamas mantém mais quatro reféns que estão em cativeiro desde 2014, pelo menos dois dos quais estão mortos.

Dos 94 reféns de 7 de outubro, 81 são homens e 13 são mulheres, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense. Duas são crianças menores de cinco anos.

Quanto às nacionalidades, 84 são israelenses, oito são tailandeses, um é nepalês e um é tanzaniano.

Israel mantém pelo menos 10 mil prisioneiros palestinos, de acordo com a Comissão de Assuntos de Detentos e a Sociedade de Prisioneiros Palestinos — embora esse número não inclua um número desconhecido de palestinos capturados na Faixa de Gaza.

Essa quantidade inclui 3.376 pessoas mantidas sob detenção administrativa, o que significa que não houve acusações públicas contra elas nem julgamento, incluindo 95 crianças e 22 mulheres.

*Becky Anderson e Hira Humayun, da CNN, contribuíram para esta reportagem


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