O Bordado do Seridó foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial e Artístico do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Lei nº 12.045, sancionada esse mês. A proposta, de autoria da deputada estadual Isolda Dantas, valoriza o bordado seridoense como expressão artesanal que é símbolo da identidade cultural do povo potiguar.
A iniciativa ressalta a importância histórica e artística do bordado, produzido há gerações por artesãs e artesãos da região do Seridó. Com o reconhecimento, o Estado reforça o compromisso de preservar e promover essa tradição, fomentando sua visibilidade e continuidade.
A deputada Isolda Dantas comemorou a conquista: "O Bordado do Seridó é muito mais do que arte, é resistência e identidade do nosso povo que vem se consolidando também como parte da cultura nacional. É um orgulho enorme de ver essa riqueza cultural finalmente reconhecida e protegida."
O Bordado Seridoense é caracterizado por sua precisão, riqueza de detalhes e a utilização de técnicas passadas de mãe para filha. Os desenhos bordados, que muitas vezes retratam a flora, a fauna e os cenários da região, também carregam influências culturais e históricas que vão desde o período colonial até os dias atuais.
Os traços delicados e os motivos desenhados refletem a criatividade e as vivências das mulheres, principais protagonistas dessa arte. Para muitas delas, o bordado é uma fonte de renda que sustenta famílias e impulsiona a economia local.
Apesar de sua importância cultural, a prática enfrenta desafios no mundo contemporâneo, como a desvalorização do trabalho artesanal, a concorrência com produtos industrializados e a falta de políticas públicas que incentivem sua continuidade. A aprovação dessa lei é um passo fundamental para garantir que essas dificuldades sejam superadas, promovendo a visibilidade da arte seridoense e fomentando a criação de políticas de incentivo à produção artesanal.