A pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, a Seleção Brasileira ainda vive um cenário de pessimismo. Por isso, muitos torcedores têm utilizado o código de indicação Betano para apostar em outros países como prováveis campeões. Afinal, não é de hoje que a "amarelinha" vem decepcionando.
E com o próximo Mundial chegando perto, a Seleção Brasileira ainda tem muitos desafios pela frente. O primeiro deles é ajustar a expectativa à realidade - o que inclui, além dos jogadores, a mídia e os torcedores.
Não se pode exigir do Brasil de hoje aquilo que dávamos como garantido duas décadas atrás. Ou seja, nós não temos, atualmente, os melhores jogadores do mundo.
Na década de 90, por exemplo, ou mesmo no início dos anos 2000, tínhamos incontáveis craques à disposição, o que fazia com que fôssemos, disparados, a melhor seleção do mundo. Possivelmente, logo atrás vinha o Brasil B.
Mas isso já não é mais assim, e é preciso entender esta realidade. O Brasil continua dispondo de bons jogadores - eles apenas não são acima da média, como costumava ocorrer. Ao longo dos últimos anos, a Seleção está nivelada com muitas outras, encontrando-se um pouco à frente de umas e um pouco atrás de outras.
Portanto, é preciso entender que o Brasil já não entra em nenhuma competição, mesmo uma Copa América, como virtual campeão. Se quiser chegar longe, precisa ter um plano de jogo bem definido e respeitar todos os adversários para não correr o risco de ser surpreendido.
Outro grande desafio do Brasil está no comando da equipe. Não se trata de Dorival Júnior ou Tite, mas de que o país, claramente, está muito atrás das demais nações de elite na produção de treinadores.
Dessa forma, em um cenário tão competitivo, em que o Brasil já não tem os melhores jogadores do mundo, ter treinadores abaixo do nível da concorrência é um enorme ponto negativo.
Como não poderia deixar de ser, o trabalho de Dorival vem sendo bastante questionado e, para muitos, não seria surpresa se ele não chegasse a 2026 no comando da Seleção.
A grande questão é: quem poderia substituí-lo? Basta olhar para o futebol brasileiro para ver que os principais times optam por treinadores estrangeiros. Nas atuais circunstâncias, se o Brasil quiser voltar a ser competitivo, precisa fazer o mesmo.
Enquanto isso, claro, é essencial que se forme uma nova geração de treinadores, para que o país não fique eternamente dependente de comandantes vindos do exterior.
Por fim, um outro nó a ser desatado para a Copa do Mundo de 2026 diz respeito a Neymar. Afinal, será possível contar com o atacante para a disputa?
Sua volta ao Santos, certamente, teve como grande objetivo se preparar para o Mundial. Jogando no Brasil, Neymar fica perto da torcida e algumas boas atuações já são o suficiente para que seu nome tenha grande apelo popular na hora da convocação final.
Mas, pelo ponto de vista da Seleção, ele poderá ser um grande acréscimo? Não há dúvida de que, tecnicamente, Neymar é o melhor jogador brasileiro em atividade. Até porque a concorrência já não é a mesma de anos atrás.
De todo modo, com um vasto histórico de lesões, é preciso ver como serão os próximos meses do craque. Se ele conseguir recuperar sua melhor forma, poderá ser muito útil ao Brasil.
Ainda mais que, como 2026 deve ser sua última chance de disputar uma Copa do Mundo, sua motivação certamente estará no máximo.
Os próximos meses, portanto, serão fundamentais para ver se o Brasil conseguirá chegar forte ao Mundial ou se será candidato a protagonizar mais um vexame.