26 MAR 2025 | ATUALIZADO 23:50
ESTADO
CEZAR ALVES COM INFORMAÇÕES DE MARCOS DANTAS
25/03/2025 09:20
Atualizado
25/03/2025 10:15

Bebê de 30 dias de vida morre em Caicó-RN por falta de UTI neonatal

Inicialmente, os médicos tentaram transferir o bebê José Emanuel Medeiros Silva, de apenas 30 dias de vida, para Natal. Até havia vagas em UTI de dois hospitais da capital, porém faltava a medicação que a criança precisava. Então, os médicos de Caicó tentaram transferir para o Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, porém faltou uma ambulância adequada. A criança faleceu nesta segunda-feira, 24, levantando um forte debate no Seridó sobre a necessidade de uma UTI neonatal para atender a região.
Inicialmente, os médicos tentaram transferir o bebê José Emanuel Medeiros Silva, de apenas 30 dias de vida, para Natal. Até havia vagas em UTI de dois hospitais da capital, porém faltava a medicação que a criança precisava. Então, os médicos de Caicó tentaram transferir para o Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, porém faltou uma ambulância adequada. A criança faleceu nesta segunda-feira, 24, levantando um forte debate no Seridó sobre a necessidade de uma UTI neonatal para atender a região.

O bebê José Emanuel Medeiros Silva, de apenas 30 dias de vida, faleceu nesta segunda-feira (24), após dias internado no Hospital do Seridó, em Caicó, aguardando transferência urgente para uma UTI neonatal em Natal e depois Mossoró-RN.

A história do recém-nascido havia comovido a região, após a avó, Maria Aparecida de Medeiros, fazer um apelo emocionante no domingo (23), clamando por agilidade no processo de transferência para a capital do Estado ou para Mossoró-RN.

Segundo a família, o bebê deu entrada na unidade hospitalar com problemas cardíacos e foi imediatamente internado após exames identificarem alterações no coração.

Durante a internação, José Emanuel sofreu duas paradas cardíacas e precisou ser entubado. A médica responsável pela criança fez diversos esforços para garantir atendimento em uma unidade de terapia intensiva especializada, com profissionais e medicamentos específicos.

Ainda segundo a avó Maria Aparecida, duas vagas chegaram a ser abertas em hospitais com alas pediátricas em Natal, mas que estes hospitais não poderiam receber o bebê, por não ter a medicação que a criança precisava tomar enquanto estava na UTI aguardando fechar o diagnóstico (coração) e iniciar o tratamento adequado.

Em seguida, foi confirmada vaga em Mossoró, mas a transferência não aconteceu por falta de transporte adequado e condições de saúde do próprio bebê.

No domingo, 23, chegou a ser tentado o deslocamento do bebê, quando houve uma breve estabilização em sua saturação, mas durante o trajeto até a ambulância, a condição de saúde voltou a se agravar e a equipe médica precisou recuar.

Nesta segunda-feira, 24, infelizmente, o bebê não resistiu.

A família afirma que não recebeu informações claras sobre o diagnóstico do recém-nascido e lamenta a demora no processo de transferência. O caso escancara a fragilidade do sistema de regulação de leitos neonatais e a dificuldade de acesso ao transporte especializado, especialmente para pacientes do interior do estado.

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