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NACIONAL
Da Agência Brasil
23/01/2016 07:09
Atualizado
14/12/2018 08:54

Nível de reservatórios sobe, mas não há previsão de desligar térmicas

Situação mais preocupante é no Nordeste, onde os reservatórios estão com 8,1% de sua capacidade. Neste caso, a demanda de energia na região é suprida pelo uso de termelétricas e usinas eólicas.
Divulgação / Assessoria

Apesar de uma melhora no nível dos reservatórios das hidrelétricas neste ano em relação ao ano passado, ainda não há uma definição do governo sobre a possibilidade de desligar as termelétricas que foram acionadas para garantir a oferta de energia para o país. O uso das usinas térmicas aumenta o preço da energia, refletido na aplicação da bandeira tarifária vermelha nas contas de luz de todos os consumidores.

Devido às chuvas, em agosto do ano passado o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) determinou o desligamento de usinas térmicas com maior custo de geração. Segundo o Ministério de Minas e Energia, isso gerou uma economia de R$ 5,5 bilhões no segundo semestre de 2015 e permitiu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduzisse o valor da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 por quilowatt-hora consumidos.

Mas, de lá para cá, não houve nova determinação do CMSE para que outras térmicas fossem desligadas.

Na avaliação do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, a energia das termelétricas deverá continuar sendo usada pelo menos até abril, quando termina o período mais chuvoso no país, para que se possa para avaliar as condições dos reservatórios das hidrelétricas e decidir sobre a possibilidade do desligamento.

O nível dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que é responsável por cerca de 70% do armazenamento de água para a geração de energia no país, está em 39,1% atualmente. Em janeiro do ano passado, o nível chegou a 16,8%.

A situação dos reservatórios do Sul é ainda mais confortável. O nível de armazenamento das hidrelétricas da região está em torno de 95%, acima dos 60% registrados no ano passado. No Norte, o nível está atualmente em 19,4%, mais baixo que no ano passado, mas as chuvas dos próximos meses na Região Amazônica deverão estabilizar a situação.

A situação mais preocupante é a da Região Nordeste, onde os reservatórios estão com 8,1% de sua capacidade máxima. Mas, neste caso, a demanda de energia na região é suprida pelo uso de termelétricas e usinas eólicas e também pela energia recebida de outras regiões pelo Sistema Interligado Nacional.

A matriz energética brasileira é denominada hidrotérmica, ou seja, a energia que é consumida no país é produzida principalmente por hidrelétricas com complementação de termelétricas – movidas a óleo, gás natural, carvão e biomassa.

Quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas fica muito baixo, o governo determina um acionamento maior de termelétricas, para que não haja risco de faltar energia no país. No entanto, essa energia é mais poluente e mais cara que a gerada por hidrelétricas, e o custo acaba sendo repassado para os consumidores.

 

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