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Da redação / Agência Ecclesia
21/02/2016 06:57
Atualizado
12/12/2018 14:16

Papa Francisco pede proibição mundial à pena de morte e execuções previstas

Ele afirmou que o mandamento "não matarás" é válido para todos. Papa falou a milhares de pessoas na praça São Pedro neste domingo.
Tony Gentile / Reuters

O Papa Francisco apelou hoje à proibição da pena de morte em todo o mundo, enquadrando esta decisão na celebração do ano santo extraordinário, o Jubileu da misericórdia, em defesa de uma cultura de “respeito da vida”. Francisco afirmou que o mandamento "não matarás" (Êxodo 20.13) é válido tanto para os culpados quanto para os inocentes.

Falando a dezenas de milhares de pessoas reunidas na praça São Pedro, o papa também pediu para os católicos trabalharem para a interrupção de qualquer execução durante o jubileu da misericórdia, que se encerra em novembro.

“Apelo à consciência dos governantes, para que se chegue a um consenso internacional pela proibição da pena de morte e proponho aos que entre eles são católicos que cumpram um gesto corajoso e exemplar: que nenhuma condenação seja executada neste Ano Santo da Misericórdia”, declarou, perante milhares de fiéis reunidos no Vaticano para a recitação da oração do ângelus.

Francisco associou-se no Vaticano a um congresso internacional que vai decorrer esta segunda-feira em Roma, ‘Por um mundo sem pena de morte’, promovido pela comunidade católica de Santo Egídio. “Desejo que este congresso possa dar um novo impulso ao compromisso pela abolição da pena capital”, disse.

O Papa considerou como um “sinal de esperança” que a opinião pública seja cada vez mais “contrária” à pena de morte, mesmo como instrumento de “legítima defesa social”.

“Com efeito, as sociedades modernas têm a possibilidade de reprimir eficazmente os crimes sem eliminar definitivamente a quem os que cometeu a hipótese de redimir-se. Que o problema seja enquadrado na ótica de uma justiça penal que seja cada vez conforme à dignidade do homem e ao projeto de Deus para o homem e a sociedade”, acrescentou.

“O Jubileu extraordinário da Misericórdia é uma ocasião propícia para promover no mundo formas cada vez mais maduras de respeito pela vida e pela dignidade de todas as pessoas: também o criminoso mantém o direito inviolável à vida, dom de Deus”, defendeu.

Francisco convidou todos os cristãos e “homens de boa vontade” a trabalhar em conjunto pela abolição da pena de morte e pela melhoria das “condições prisionais, no respeito pela dignidade humana das pessoas privadas da liberdade”.

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