18 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:11
NACIONAL
Da redação
15/04/2016 12:16
Atualizado
14/12/2018 02:55

Dilma fará pronunciamento na TV contra impeachment

Presidente se dirigirá à Nação às 20h, em mais uma tentativa de manter-se à frente do Poder Executivo em meio ao processo de afastamento que será votada no domingo
Alan Marques / Folhapress

A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, às 20h desta sexta-feira (15), para pedir apoio contra o impeachment de seu mandato. No pronunciamento, a petista vai se mostrar otimista, no sentido de barrar a abertura do proceso de impeachment no domingo, e acusará a existência de uma tentativa de "golpe" em curso.

Em tom combativo, agradecerá o apoio da população que saiu às ruas em defesa da "democracia" e defenderá o seu mandato. Segundo informações, a presidente Dilma afirmará que os defensores do processo de impedimento podem até ter suas justificativas, mas que a história os deixará com a "marca do golpe". O Palácio do Planalto já confirma que a fala presidencial será veiculada hoje à noite.

No discurso gravado na manhã desta sexta-feira, no Planalto da Alvorada, a presidente ressaltou que não pesa nenhuma denúncia de corrupção contra ela. A linha do discurso de Dilma será o da luta, do combate, da defesa intransigente do seu mandato e da democracia; da legitimidade do voto e da ilegitimidade dos conspiradores. Vai conclamar suas bases a permanecerem mobilizadas no combate aos que chama de golpistas.

Ela pede ainda à sociedade brasileira que converse com os deputados federais de seus Estados para que eles "fiquem ao lado da democracia" e "respeitem a Constituição Federal". Segundo ela, há um "golpe em curso no país" e é preciso lutar pela democracia. Dilma se reuniu pela manhã no Palácio da Alvorada com seus ministros mais próximos, entre eles Edinho Silva (Comunicação), para fechar o teor do discurso.

Nos últimos dias, Dilma cogitou até mesmo fazer duas falas oficiais - uma outra iria ao ar no domingo -, mas acabou optando pelo pronunciamento de hoje. No domingo, se o processo for arquivado, Dilma dará uma entrevista coletiva. Mas se o impeachment for aberto pela Câmara dos Deputados, pode ser que o escolhido para falar com a imprensa seja o minnistro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.

Dilma vai acompanhar a votação no domingo no Palácio da Alvorada, ao lado dos ministros que compõem o seu núcleo político, como Wagner, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PT, Rui Falcão, acompanharão os votos em São Paulo.

Corpo a corpo
Na estratégia de intensificar o corpo a corpo com deputados federais, a petista recebeu nesta sexta-feira (15) parlamentares baianos na companhia do governador Rui Costa dos Santos, do PT.

Na reta final, a ofensiva do governo federal tem sido sobre os deputados federais da Região Norte que votarão primeiro no domingo (17), como de Roraima, Amapá, Pará e Amazonas.

O objetivo é evitar que os primeiros votos criem um efeito manada sobre os parlamentares indecisos no decorrer da votação.

Na Justiça
O Solidariedade informou nesta sexta-feira, por meio de nota, que vai protocolar uma ação civil pública na Justiça Federal de Brasília para tentar barrar o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff nos meios de comunicação na noite de hoje.

“Não podemos assistir calados Dilma usar a máquina pública em horário nobre para se defender da votação de domingo. A Comissão do Impeachment deu todas as chances para ela ir pessoalmente à Câmara se defender, mas preferiu fazer do Advogado Geral da União garoto de recados”, afirmou o deputado federal Paulinho da Força (SP), presidente nacional do partido.

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