O afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), fragiliza a situação de outro ministro do partido que também é investigado na Lava Jato: o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Essa é a avaliação feita por aliados do presidente interino Michel Temer.
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Alves é o próximo ministro alvo de uma exposição que pode terminar com sua demissão do governo do presidente interino Michel Temer. No início de maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a inclusão do nome de Henrique Alves no maior inquérito da Lava Jato por evidências em trocas de mensagens com executivas da OAS.
A força-tarefa investiga indícios de atuação casada entre Henrique Alves e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.
Em delação premiada o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró acusou Cunha e Alves de terem pressionado a presidência da BR Distribuidora para a compra da refinaria de Manguinhos, no Rio, com o propósito de receberem propina. Ceveró também exerceu cargo de diretor da BR distribuidora. Henrique Alves e Eduardo Cunha negam a informação.
Em dezembro do ano passado, quando ainda era ministro do Turismo da presidente Dilma Rousseff, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em um apartamento de Henrique Alves em Natal.